2017-12-15 11:03:00

Angola. Presidente João Lourenço contra a corrupção


Os angolanos que têm fortunas no exterior devem repatriar esse capital a partir do início do próximo ano (2018), a fim de investirem no país, sob pena de verem o dinheiro confiscado pelo Estado angolano.

O alerta foi lançado nesta quarta-feira (13/12) pelo Presidente da República, João Lourenço, que falava na condição de vice-presidente do MPLA (partido governante em Angola), no encerramento do seminário sobre os crimes a que os titulares de cargos públicos estão sujeitos.

Quem proceder dessa forma, segundo o estadista, não será interrogado das razões de ter tido o dinheiro lá fora, nem processado judicialmente.

João Lourenço espera também que desta vez, finalmente, e ao cabo de muitos anos de indefinição, o Parlamento exerça de facto a sua função fiscalizadora do Executivo, nos termos previstos na Constituição e na Lei.

"O combate a corrupção não deve ser confundido como perseguição aos ricos ou as famílias abastadas" completou João Lourenço;  

E as reacções ao discurso de João Lourenço não se fizeram esperar, Raul Danda, vice-presidente da UNITA (segunda maior força politica do país) disse que a ideia é boa e os angolanos aguardam pela concretização do anúncio;

E o vice-presidente da CASA - CE (terceira maior força politica do país) Manuel Fernandes realçou que esta acção não deve ser vista como "caça as bruxas" e disse ser necessário que os valores repatriados venham potenciar a economia nacional;

O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Massano Júnior confirmou a existência de cerca de 30 mil milhões de dólares americanos de entidades angolanas, depositados fora do país, e disse que o dinheiro é lícito;

De Luanda para a Rádio Vaticano, Anastácio Sasembele, paz e bem. 








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