Santidade, a herança de Madre Catalina que será beatificada este sábado


Cidade do Vaticano (RV) – Este sábado, 25 de novembro, será beatificada em Córdoba, Argentina, Catalina de Maria Rodriguez.

O Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, falou à Rádio Vaticano sobre o seu exemplo:

“Recentemente o Papa Francisco disse que na Igreja, cada vocação ao matrimônio, à vida consagrada, ao sacerdócio – inicia com um encontro com Jesus, que nos dá uma nova esperança e uma nova alegria. É Jesus, portanto, que se coloca em nosso caminho e nos pergunta: “O que procuras?” E espera o nosso discernimento para dar a ele a resposta correta, para experimentarmos também nós alegria e esperança nova.

A Beata Catalina, encontrando o Senhor Jesus, deu a ele uma dupla resposta: tornar-se esposa exemplar, e depois, quando ficou viúva, coroar o sonho de juventude de consagrar-se totalmente a Deus, fundando a Congregação das Irmãs Escravas do Coração de Jesus. Deu vida, portanto, a uma Congregação feminina de vida atuante, dedicada à evangelização da mulher, grande e pequena, e sobretudo pobre”.

RV:  O que poderíamos saber mais sobre esta Beata argentina?

“Em toda a sua vida, quer quando casada, quer como consagrada, a Beata Catalina espalhou por onde ia, o bom odor das suas virtudes, com uma constante atitude de amabilidade, gentileza, doçura. Manifestou um profundo espírito de fé, que se tornava visível na oração, na participação na Missa, na Adoração Eucarística, na devoção a Nossa Senhora, na obediência ao Papa e aos Bispos. No Instituto, o dia 29 de cada mês é dedicado à oração pelo Santo Padre e a oferta da Missa e da comunhão segundo as suas intenções”.

RV: O que o senhor poderia nos dizer sobre a virtude príncipe de toda a santidade, que é a caridade?

“Não pode haver perfeição sem a caridade, rainha das virtudes. A caridade de Madre Catalina se manifestava no amor ao próximo e na prática das obras de misericórdia corporal e espiritual. A caridade animava o carisma fundamental do Instituto, voltado à redenção espiritual e social das meninas, das jovens e das mulheres pobres, regeneradas pelos Exercícios Espirituais.

Eram os pobres e os humildes os preferidos da Madre. Mas praticava a sua gentileza também na sua atitude de bondade pelas domésticas, os empregados, os operários, todos aqueles que iam trabalhar com as irmãs.

Seguidamente servia ela mesma as jovens doentes, procurando seus médicos e remédios. Uma especial ternura tinha pelas Irmãs, dando ordem à enfermeira para reservar as coisas melhores para elas. Assim fazia também com as pessoas de serviço. A sua caridade se exaltava no perdão das ofensas, retribuindo o mal com o bem”.

RV: Para concluir, o senhor gostaria de deixar uma mensagem para todos nós hoje?

“Madre Catalina fez frutificar da melhor forma os numerosos talentos humanos e espirituais recebidos de Deus, e o fez conservando sempre um comportamento modesto e humilde. Para ela, uma irmã soberba era uma monstruosidade. Não obstante fosse a fundadora, no início foi sacristã e foi designada a ela uma cela incômoda, sem janelas, na qual entrava a fumaça da cozinha.

Educada na escola inaciana dos Exercícios espirituais, a Madre viu com generosidade o espírito, servindo o próximo por amor, prestando o seu serviço apostólico para a maior glória de Deus e em conformidade com a sua vontade, na abnegação de todo amor próprio e de todo interesse pessoas. É a santidade a herança da Beata Madre Catalina”.








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