Sínodo 2019, Dom Erwin, "evangelizar a partir das culturas"


Cidade do Vaticano (RV) – Questão indígena, comunidades sem Eucaristia e problemática ecológica: estes, segundo Dom Erwin Krautler, bispo emérito de Xingu e membro da REPAM, Rede Eclesial Pan-Amazônica, são os três maiores desafios que o Sínodo para a Pan-Amazônia, convocado pelo Papa para 2019, deve enfrentar.

Do encontro, devem emergir luzes para um novo tipo de evangelização, considerando as realidades dos 9 países que compõem a região. A expectativa é que o Sínodo abra novos caminhos, em comum acordo, em vista destes três aspectos. Neste espaço, Dom Erwin analisa a questão indígena e as dificuldades que a Igreja enfrenta e que os próprios povos vivem.

O Papa fala de uma Igreja com rosto amazônica: esta é uma missão que nós queremos cumprir. Temos que pensar em que tipo de pastoral deve ser feita para os povos indígenas, que tipo de evangelização. Devemos distinguir entre povos secularmente cristianizados e povos que ainda estão com a sua religião nativa: que aproximação temos com os povos que ainda não receberam a mensagem do Evangelho”.

Nós falávamos sempre ‘evangelizar as culturas’, eu digo: ‘evangelizar a partir das culturas’, porque Deus está presente nas culturas dos povos indígenas. Importa descobrir as sementes do Verbo nestes povos, é o ponto de partida para esta evangelização. Não é colocar simplesmente o pacote de dogmas em cima dos povos indígenas, mas aproximar-nos a eles com a proposta profunda do Evangelho, que de certa maneira, já tem sua raiz nos povos indígenas”.

Ouça aqui a entrevista integral:

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