Papa recebe presidente da Alemanha: acolhimento e solidariedade


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira (09/10), no Vaticano, o Presidente da República Federal da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Logo em seguida, o líder alemão entrevistou-se com o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, acompanhado do secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher.

A situação econômica e religiosa na Europa e no mundo, com referência particular ao fenômeno das migrações e à promoção de uma cultura de acolhimento e de solidariedade foram algumas das questões de interesse comum que nortearam o encontro, informa um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Durante os cordiais colóquios foi também expressa satisfação pelas boas relações e a profícua colaboração entre a Santa Sé e a Alemanha e entre a Igreja e as instituições do país. Foi igualmente manifestado apreço pelo positivo diálogo inter-religioso e ecumênico, em particular entre católicos e protestantes por ocasião da celebração do quinto centenário da reforma luterana.

Após o encontro com o Santo Padre o presidente alemão teve um encontro com os jornalistas aos quais fez a seguinte declaração:

Frank-Walter Steinmeier:- “Fiquei realmente impressionado. Impressionado com a sua pessoa, seu modo tão aberto de conduzir o diálogo, impressionado também com suas posições. Falamos, naturalmente, sobre a situação na Alemanha após as eleições: o Papa está bem informado sobre os resultados eleitorais, e a pergunta acerca dos efeitos sobre a Alemanha, sobre o papel da Alemanha no mundo, em particular, a questão dos refugiados e da migração ocuparam amplo espaço em nosso encontro, em nossa troca de ideias. O Pontífice manifestou sua apreciação frente ao modo em que a Alemanha assumiu sua responsabilidade na grande crise dos refugiados e expressou sua esperança de que a Alemanha não dê as costas a um problema que ainda continuará presente. Em particular, a África encontra-se entre suas preocupações e ele faz votos de que a Alemanha possa contribuir no sentido de que a solidariedade europeia nos leve a fazer mais para levar o desenvolvimento àquelas regiões da África das quais provém hoje a maior parte dos refugiados. Nesse contexto, o Papa Francisco recordou também que as mudanças climáticas e as destruições ambientais levaram a uma nova dinâmica no movimento dos refugiados; expressou também sua preocupação no sentido de que o Tratado de Paris sobre o clima possa ser mantido. Fez referência a seu esforço para buscar convencer também os EUA e o próprio presidente a não fazer nada que possa favorecer uma erosão daqueles acordos alcançados com tanta dificuldade. Falamos também sobre o papel das Igrejas e das religiões nos conflitos internacionais. De minha parte, disse que espero fortemente que as comunidades religiosas, e com elas o próprio Pontífice, mobilizem suas forças no sentido de contribuir para desativar os muitos conflitos ainda irresolutos que nos circundam e, quem sabe, propor também soluções que até o momento são inexistentes.” (RL)








All the contents on this site are copyrighted ©.