Escravidão e tráfico humano: realidades da pesca mundial


Kaohsiung (RV) - Dando continuidade ao Congresso Mundial do Apostolado do Mar, que se realiza em Kaohsiung, Taiwan, do dia 1 ao dia 7 de outubro,   usou da palavra o primeiro Cardeal de Myanmar, Charles Bo, Arcebispo de Yangon, relatando a tragédia do povo Rohingya e a deplorável situação dos pescadores de seu país.

Estudiosos do mundo da pesca e pessoas comprometidas na defesa e pastoral dos pescadores, trouxeram para o congresso informações sobre a existência de escravidão e prisão de pescadores de países pobres, principalmente, a bordo de pesqueiros coreanos operando nas águas do sul das Filipinas e outros mares. Comandantes e oficiais, em muitos casos, humilham e torturam os pescadores, além de lhes servir comida deteriorada e insuficiente. Existem casos em que a única água potável é aquela colhida do dreno dos aparelhos de ar condicionado.

Trabalhando em regime de escravidão, muitos pescadores não recebem salário ou auferem um soma insignificante.

Outro problema grave que aflorou no congresso é o elevado número de casos de tráfico humano, despercebido pela opinião pública  por causa da invisibilidade dos pescadores.

Contudo, diante desse mundo desconhecido pela maior parte da população, surgem iniciativas, organizações e algumas políticas dos governos visando à proteção dos pescadores, à vida aquática, à prevenção ao tráfico de pessoas e à abolição do trabalho escravo.

Por fim, houve uma exposição e troca de ideias com o propósito de fazer com o Apostolado do Mar, dentro do Discatério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, corresponda melhor às exigências atuais.

*Missionário Pe. Olmes Milani.








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