Venezuela: episcopado rebate acusações de Maduro


Caracas (RV) – Os Ministros do Exterior de 12 países americanos julgam muito positivas as novas relações do governo venezuelano com a oposição, mas consideram que deveriam ser desenvolvidas com o apoio internacional, em "boa fé", com "objetivos claros" e "tempos determinados".

É o que afirma a declaração publicada em Bogotá no sábado 23 de setembro, e assinada pelos Ministros do Exterior da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Perú.

Na última semana, de fato, representantes do governo venezuelano e da oposição encontraram-se na República Dominicana para reuniões que a oposição descreveu como "explorativas", enquanto o governo afirmou tratar-se de um diálogo formal e evidente. Tais negociações devem prosseguir até 27 de setembro.

Na "Declaração da segunda reunião do Grupo de Lima sobre a situação na Venezuela", os Ministros do Exterior dos 12 países reiteraram "o seu compromisso em manter uma estreita observação da situação na Venezuela" até "a completa restauração da ordem democrática no país".

Ao mesmo tempo, aceitaram encontrar-se no Canadá em outubro próximo, em data a ser definida, reiterando "o seu empenho em duplicar os esforços para chegar a uma solução pacífica e negociada da crise que enfrenta a Venezuela".

Também ressaltaram a sua disponibilidade "em contribuir para criar, em coordenação com as organizações internacionais e outros países, um canal de assistência para enfrentar a crise humanitária que aflige o país".

Episcopado rebate acusações do Governo

Dom Mario del Valle Moronta Rodríguez, Bispo de San Cristóbal de Venezuela, declarou que as pessoas reconhecem cada dia mais a Igreja como única instituição em que confiar. O fizeram, em resposta à acusação feita pelo Governo, que em 17 de setembro havia usado a palavra "bandidos" para referir-se aos bispos, afirmando que eles não estavam próximos às pessoas.

Dom Moronta, em uma carta publicada pela Conferência Episcopal e enviada à Agência Fides, não hesitou em esclarecer o ocorrido: "Bispos bandidos que não protegem as pessoas, que não caminham como Cristo pelos caminhos do povo, que não sofrem, que não compartilham solidariedade com o povo" foi dito, mas estas acusações não são somente ofensivas, mas são realmente caluniosas.

"É comum ver os Bispos pelas ruas, não a passeio, mas visitando as paróquias e as comunidades, para levar o serviço da caridade, observou. E com uma característica: vão sem escolta ou proteção. É justamente o oposto dos governantes e dos funcionários que, há muito tempo, não caminham mais pelas vielas ou pelas ruas do país..". "Nós, Bispos, aceitamos as críticas, mas rejeitamos as ofensas e as calúnias. Nós continuaremos a caminhar ao lado do povo, povo maltratado, sofredor, roubado por "outros" criminosos e bandidos que vivem da corrupção", concluiu Dom Moronta. (JE/Fides)

 

 








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