As conclusões do encontro de espiritualidade ortodoxa em Bose


Bose (RV) – “Um coração que não tem mãos não é discípulo de Jesus”. Esta é uma das passagens do texto conclusivo da Convenção Ecumênica Internacional de Espiritualidade Ortodoxa, realizada no Mosteiro de Bose, Itália, de 6 a 9 de setembro. O já tradicional encontro anual foi dedicado este ano ao tema “dom da hospitalidade”.

O documento final, assinado pelo ex-Abade de Chevetogne, em nome do Comitê Científico da Convenção, convida, entre outros, a reconhecer nos hóspedes que chegam a visita de Deus e a oferecer “um teto em cada paróquia e comunidade para uma família exilada”.

Philoxenia, xeniteia – explica o documento - são dimensões a serem aprofundadas, concretizadas, como evidenciado pelo Cardeal prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Leonardo Sandri, em sua mensagem ao Prior de Bose Luciano Manicardi.

“Os nossos tempos, em particular na Europa - observa - nos pedem para traduzir estas reflexões em  oração e ação concreta diante dos irmãos pobres e sofredores que batem às portas de nosso continente, vindos de terras marcadas pelo ódio, pela violência, se não de uma verdadeira perseguição”.

Já o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, em suas palavras de despedida pronunciadas em grego diante dos participantes da convenção, agradeceu a Enzo Bianchi, fundador da Comunidade de Bose, sublinhando a importância das relações sempre mais estreitas entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa.

Com Bose – recordou – existem “ligações espirituais genuinamente fraternas”. Um local onde “horizontes abertos” guiam o estudo e o conhecimento dos Padres da Igreja indivisível, para difundir “esta sabedora” ao mundo contemporâneo.

(JE – L’Osservatore Romano)








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