Papa na Colômbia: paciência e coragem pela paz, descrevem bispos locais


Bogotá (RV) – O ano de 2017 para a Colômbia, segundo o novo presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Oscar Urbina Ortega, coincide com a visita do Papa Francisco ao país e o início da construção de um caminho de paz. Ao apresentar a edição local da “Semana pela Paz”, que acontece até o próximo domingo (10), o purpurado sublinhou que o momento é propício para “injetar entusiasmo e reconciliação nos corações dos colombianos”.

Em entrevista à enviada da Rádio Vaticano à Colômbia, Giada Aquilino, o arcebispo de Villavicencio, cidade em que o Papa visitará na sexta-feira (8), comentou sobre o significado da viagem apostólica de Francisco.

Dom Ortega“Significa sobretudo uma voz, uma presença, um testemunho, uma chamada a esse novo tempo que nós começamos juntos. Caminhar, dar ‘o primeiro passo’ pela reconciliação. E esperamos do Papa uma chamada para não ter medo de fazer esse caminho, que é lento, que devemos percorrer lentamente e pelo qual todos – crianças, jovens, adultos e idosos – precisam trazer consigo a sua experiência e disponibilidade.”

Dom Ortega também fez referência ao empenho incansável da Igreja no processo de paz, principalmente durante os últimos anos e agora, já que está terminando o período em que os membros das Farc (as Forças Revolucionárias da Colômbia) irão se transformar num novo partido político, “para participar das eleições de maio do próximo ano. Tudo isso não será fácil”, disse o arcebispo.

Dom Ortega“O caminho da reconciliação não é fácil, é necessário tempo, paciência, experiência e coragem. Também é preciso de tempo para o processo de reconciliação com cada uma das vítimas, o que também não é tão fácil. Esse é o empenho maior, mas nós temos a força do Evangelho que nos ajudará, sem dúvidas, mas que devemos nos comprometer todos, padres, bispos e leigos.”

Em Villavicencio, como acrescentou Dom Ortega, está previsto um momento de oração pelas vítimas e, naquela ocasião, o Papa deverá fazer um discurso muito importante: “esperamos que ele nos encoraje neste novo caminho de acolhimento, inclusive desses ex-combatentes, para caminhar com eles”, finalizou o arcebispo.

(AC/GA)








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