Episcopado coreano defende o caminho do diálogo a qualquer custo


Seul (RV) – Prosseguir no caminho do diálogo a qualquer custo. É o que pede a Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal Coreana em comunicado divulgado na quarta-feira ao final de uma reunião realizada após o lançamento de mais um míssil por parte Pyongyang, que a uma velocidade de 2.700 quilômetros, partiu-se em três partes ao cair no Mar do Japão, provocando irritação e grande preocupação às autoridades de Tóquio.

Guiada por Dom Lazzaro Heung-sil, Bispo de Daejeon – refere a Agência Sir – a Comissão Justiça e Paz repete hoje uma frase contida na Encíclica de João XXIII “Pacem in Terris”: “A paz não pode ser construída nunca pelo equilíbrio do poder das armas, mas se realiza por meio da confiança mútua”.

A Comissão expressa “profunda preocupação” em relação ao anúncio feito pelo governo sul-coreano sobre a sua intenção de empregar mísseis Thaad (Terminal High Altitude Area Defense), sistema antimíssil a curto e médio alcance, em defesa do território da Coreia do sul.

Ao reiterar portanto a posição da Igreja universal em relação à construção da paz, a Comissão “sugere que seja repensado o emprego dos mísseis Thaad que – escreve o comunicado – pode criar grande dificuldades, não somente na relação entre as duas Coreias, mas também nas relações internacionais”.

A Comissão reitera o que foi afirmado em duas precedentes declarações de 15 de julho de 2016 e de 15 de agosto passado.

Nesta última, os bispos coreanos escreviam que “a Igreja na Coreia denuncia com veemência todas as provocações imprudentes da Coreia do Norte e se opõe a todas as ações que levam tensões à península coreana fazendo retroceder, por todos efeitos, a promoção da paz”.

Significa – explica a Comissão – que os bispos se opõe “aos contínuos testes de mísseis” mas também “àqueles que querem intensificar os armamentos na nossa terra por causa destes testes”.

No comunicado, a Comissão recorda o caminho preferencial da Igreja pelos pobres.

“O homem é o principal e fundamental caminho que a Igreja quer percorrer”, lê-se na nota.

“A Igreja existe para ajudar os homens e trabalha para a salvação de toda a humanidade, mas deve perguntar-se sempre quem são os mais vulneráveis da nossa sociedade a quem dar precedência”, para “fazer do seu melhor para ajudar de modo concreto, prático solidário”. (JE/SIR)








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