Parolin e Kirill: empenho comum no Oriente Médio e Ucrânia


Moscou (RV) – “Saúdo meu irmão Kirill, Patriarca de Moscou e de todas as Rússias”. Esta mensagem do Papa Francisco transmitida pelo Cardeal Parolin ao Patriarca Kirill abriu o encontro realizado na tarde de terça-feira no Mosteiro de Danilovsky, sede do Patriarcado de Moscou.  Kirill respondeu “Obrigado” em italiano.

Relíquias de São Nicolau

Referindo-se àquele que Kirill definiu como “um evento excepcional para a história de nossas Igrejas”, ou seja, ao traslado à Rússia das relíquias de São Nicolau de Bari, o Secretário de Estado vaticano comentou:

“O ecumenismo da santidade é verdadeiro, existe. Os Santos nos unem porque são os mais próximos a Deus e portanto são aqueles que mais nos ajudam a superar as dificuldades das relações do passado, devido a situações pregressas, e a caminhar sempre mais decididamente em direção ao abraço fraterno e à comunhão eucarística”.

A chegada das relíquias de São Nicolau – um dos santos mais venerados entre os ortodoxos - foi fruto do encontro em Havana, em fevereiro de 2016, entre Kirill e Francisco.

De fato, foram 2,3 milhões os fiéis que veneraram as relíquias de São Nicolau durante a exposição em Moscou e em São Petersburgo, segundo informou o próprio Patriarca a Parolin.

Ucrânia: nossas Igrejas são pacificadoras

O conflito na Ucrânia também entrou na pauta do encontro: “A Igreja não pode desempenhar nenhum outro papel senão aquele da pacificação, quando as pessoas estão em conflito entre elas”, afirmou o Patriarca, fazendo referência à difícil situação vivida no país.

“Os conflitos não duram para sempre e cedo ou tarde acabam. Se todas as forças sociais estão envolvidas no conflito, quem recolherá as pedras?”, questionou.

“Apreciamos muito – afirmou depois Kirill – o fato de que também esta vez encontramos compreensão recíproca sobre o papel que as nossas Igrejas devem desempenhar em relação à reconciliação da população na Ucrânia”.

Colaboração no Oriente Médio

Outra área geográfica foco de atenção no encontro foi o Oriente Médio. “A colaboração entre a Igreja Ortodoxa e a Católica na assistência humanitária às populações que sofrem pelos conflitos no oriente Médio, pode ser um importante fator de união”, declarou o Patriarca de Moscou, acrescentando que a cooperação no campo humanitário pode criar a base para projetos comuns no Oriente Médio.

Ouça aqui:

(JE)

 

 








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