Papa Francisco recorda em tuíte escravidões antigas e novas


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco lançou um novo tuíte em sua conta @ Pontifex este 23 de agosto, Dia internacional de recordação do tráfico de escravos e da sua abolição, celebrado pela Onu. Diz o texto: “O Senhor se faz próximo daqueles que são vítimas de antigas e novas escravidões: trabalhos desumanos, tráficos ilícitos e exploração.”

Sobre esse Dia a Rádio Vaticano ouviu o subsecretário da Seção para os Migrantes e os Refugiados do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, Pe. Michael Czerny. Eis o que disse:

Pe. Michael Czerny:- “É triste que este Dia de celebração não seja somente uma recordação histórica, mas também um tema por demais atual. Ao mesmo tempo é preciso dizer que a recordação da escravidão do passado é também uma interpelação aberta, porque as consequências do tráfico permanecem até hoje.”

RV: Quais são as consequências?

Pe. Michael Czerny:- “As consequências são o desequilíbrio nas relações sobretudo entre África e Europa e a África e as Américas: isso perdura como parte deste grande crime.”

RV: Atualmente, a escravidão moderna manifesta-se sob outras formas. Reiteradas vezes também o Papa Francisco denunciou isso. E também o tráfico de seres humanos é uma forma de escravidão moderna, como disse o Santo Padre. São muitas formas que muitas vezes não vemos…

Pe. Michael Czerny:- “Exatamente. Talvez essa seja uma diferença em relação ao passado, quando a escravidão era, por assim dizer, um aspecto mais ou menos ‘normal’ da sociedade; hoje muitíssimas formas são escondidas e por isso o primeiro passo é abrir os olhos e ser sensíveis aos perigos da escravidão moderna.”

RV: Escravidão moderna que atinge também as migrações: esse é um problema que os Estados devem enfrentar...

Pe. Michael Czerny:- “Sim, essa é uma das coisas que o Papa Francisco pediu em sua recente mensagem. Significa que os caminhos da migração devem ser regulados e devem ser relativamente ‘fáceis’, porque do contrário há o perigo de que o tráfico de seres humanos se torne escravidão.” (RL/FP)








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