Frei Patton: diálogo, único antídoto para conflito de civilização


Roma (RV) - “O diálogo faz parte da nossa história e hoje requer que seja revitalizado, convida-nos a colocar-nos diante dos outros não como pessoas de parte, mas como pessoas que buscam dialogar. Transformar também simples ocasiões de encontros pessoais em ocasiões de diálogo.”

Foi a exortação do Custódio da Terra Santa, Pe. Frei Francesco Patton, participando este domingo (20/08) da XXXVIII edição do Encontro de Rimini – no centro-norte da Itália.

História e sentido da presença franciscana na Terra Santa

O custódio repercorreu a história e o sentido da presença franciscana na Terra Santa – de oito séculos – ressaltando o seu “estilo do diálogo a nós ensinado por nosso pai Francisco de Assis, que não hesitou, enquanto recrudescia a V Cruzada (1219), a viajar até Damietta, próximo do Cairo, para encontrar o sultão do Egito Melek-al-Kamel, neto do Saladim”.

“Nem sempre o diálogo é fácil”, afirmou o frade franciscano. “Nestes séculos de história o martirológio da Custódia da Terra Santa se enriqueceu com cerca de dois mil frades mortos por causa da fé e da caridade.”

Diálogo, único antídoto para o conflito de civilização

São os riscos do diálogo que não buscamos por simples bondosismo, mas porque é o único antídoto para o conflito de civilização. Se eliminamos o diálogo, o que nos resta? Somente a lógica da força, ressaltou.

Papa: sem diálogo é impossível viver juntos

“O Papa Francisco exorta-nos a praticar o diálogo de todos os modos. Embora possa parecer uma solução de ingênuos, na realidade sem diálogo torna-se impossível viver juntos. Não se deve ter medo do outro. As ocasiões para dialogar existem, basta acolhê-las”, destacou por fim o custódio da Terra Santa. (RL/Sir)








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