Canberra (RV) - Migrantes e refugiados merecem ser tratados “com dignidade”: é o que escreve, numa nota, o bispo de Parramata e delegado para o setor Migrantes e refugiados da Conferência Episcopal Australiana, Dom Vincent Long Van Nguyen.
A declaração do prelado foi feita após, dias atrás, um refugiado do Campo de refugiados de Manus, em Papua Nova Guiné, ter sido encontrado morto. O homem, de 31 anos, era de origem iraniana; o corpo foi recuperado num bosque nas proximidades do Campo de refugiados.
Aqueles que buscam asilo são os mais vulneráveis
“Aqueles que vieram à Austrália em busca de segurança e de uma vida melhor, merecem mais”, escreve Dom Van Nguyen. “As pessoas que buscam asilo são atualmente alguns membros mais vulneráveis da nossa comunidade global.”
Portanto, é fundamental que sejam tratados humanamente, com dignidade. Ademais, devem ser colocados em condições de escolher para onde ir, a países seguros e livres de ulteriores perseguições”, ressalta.
Refugiados aguardam solução para sua situação
Daí, a exortação ao governo australiano “a fornecer serviços de suporte para aqueles que se encontram na ilha de Manus à espera de uma solução para sua situação atual”.
Na nota, também o pedido ao executivo para que “aprove programas de tutela” para tantos migrantes que buscam a salvação via-maris. “É importante impedir perdas de vidas no mar, mas é igualmente importante prestar adequada atenção àqueles que se encontram nos Campos de refugiados e aos quais o governo australiano deve oferecer rápidas possibilidades de reinserção”, ressalta o prelado.
Governo australiano respeite obrigações internacionais
Há tempo no centro do debate internacional por causa de numerosas violações dos direitos humanos, espera-se que o Campo de refugiados de Manus seja fechado. Por isso, Dom Van Nguyen pede ao governo australiano que “respeite suas obrigações internacionais, trabalhando ao lado das Ongs a fim de garantir a segurança de quem busca asilo”.
O governo australiano já foi condenado a pagar o equivalente a 47 milhões de euros como ressarcimento para cerca de dois mil refugiados que pediram asilo, confinados em Manus entre 2012 e 2014 , os quais haviam denunciado abusos sistemáticos. (RL)
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