El Salvador: Igreja quer resgatar memória dos "mártires anônimos" da guerra civil


San Salvador (RV) – O Cardeal de El Salvador, Gregorio Rosa Chávez, disse no domingo que a Igreja deve recuperar a memória de centenas de campesinos assassinados durante a guerra civil (1980- 1992), por divulgar a fé católica.

“Temos uma dívida que devemos começar a pagar o quanto antes: estamos obrigados, por gratidão a Deus e por amor a verdade, a resgatar a memória de centenas de mártires anônimos, a maioria humildes camponeses” assinalou Dom Rosa Chávez, na homilia da Missa que concluiu a Festa do Divino Salvador do Mundo.

Diante das centenas de fiéis reunidos diante da Catedral de San Salvador, o Cardeal sublinhou que estas pessoas, assassinadas principalmente por forças militares, “nunca mancharam as mãos de sangue durante os anos da guerra”.

Peregrinação recorda 100 anos de nascimento de Romero

O purpurado recordou também em sua homilia que entre 11 e 13 de agosto será realizada uma peregrinação de mais de 140 km a partir de San Salvador até Ciudad Barrios, para recordar o centenário de nascimento do Beato Óscar Arnulfo Romero.

Festa do Divino Salvador do Mundo

Na tarde de sábado uma procissão que reuniu milhares de fiéis marcou o ponto alto das festividades patronais da capital salvadorenha, dedicada este ano ao legado deixado pelos mártires católicos da guerra civil. Foram recordados em particular Dom Romero e Rutilio Grande.

As festividades em honra ao Divino Salvador do Mundo, padroeiro de El Salvador, são as mais importantes do país.

As atividades governamentais, por exemplo, ficam paralisadas de 1º a 6 de agosto, enquanto o setor privado para entre os dias 3 e 6.

A hierarquia católica salvadorenha espera que cerca de 500 religiosos, assassinados antes e durante a guerra civil, sejam declarados mártires, porque “deram a vida pela sua fé”, segundo disse o Arcebispo de San Salvador, José Luis Escobar Alas, em março de 2015.

(JE/EFE)








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