Papa: testemunhando Jesus a paz é possível


Cidade do Vaticano (RV) – “Em nome de Jesus podemos revelar com o nosso testemunho que a paz é possível”: o Papa volta a refletir sobre o tema da paz com o tweet publicado nesta sexta-feira (04) na conta em nove idiomas @Pontifex, que alcançou 36 milhões de seguidores. O ano de 2017, com a habitual recorrência do Dia Mundial da Paz em 1º de janeiro, teve início com as palavras de Francisco, confiadas algumas semanas antes à Mensagem para a ocasião, dedicada a exortar o mundo - hoje “esmagado” por guerras e conflitos - à “não-violência como estilo de uma política de paz”. Em uma época em que, enfatizava o Pontífice, a violência se exercita “em pedaços”, com guerras, terrorismo, crimes, abusos sofridos por migrantes e pelas vítimas do tráfico, devastação do meio ambiente, o compromisso comum deve ser o de “se tornar pessoas que baniram do seu coração, das suas palavras e dos seus gestos a violência”.

Uma exortação à qual, precisamente no início do ano, o Papa quis acompanhar com um gesto concreto, com o nascimento do novo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, para promover de forma mais efetiva a justiça, a paz, a salvaguarda da criação e a solicitude para com os migrantes, com uma seção especial guiada pessoalmente pelo Pontífice.

O tema da paz retornou depois nas homilias das Missas matutinas na Casa Santa Marta: em maio, Francisco recordou que a verdadeira paz não é a paz fabricada pelo homem, mas é um dom do Espírito Santo em meio às muitas tribulações da vida. “A paz de Deus - foi a reflexão do Papa - é uma paz real, que entra na realidade da vida, que não nega a vida: a vida é assim. Há o sofrimento, há pessoas doentes, há tantas coisas ruins, há as guerras ... mas essa paz de dentro, que é um presente, não se perde, mas se vai em frente carregando a Cruz e o sofrimento. Uma paz sem cruz não é a paz de Jesus: é uma paz que se pode comprar. Podemos fabricá-la. Mas não é duradoura: acaba”.

Durante este ano, se sucederam apelos à paz para as muitas crises de hoje, do Iraque à Síria, do Sudão do Sul à República Democrática do Congo, da Ucrânia à Venezuela. Um convite à colaboração entre as religiões foi feito na audiência do dia 7 de junho último por ocasião da iniciativa “Um minuto pela paz”, em recordação do histórico encontro de 2014, nos Jardins do Vaticano, entre o Papa Francisco, o então Presidente israelense Shimon Peres e o Presidente palestino Mahmoud Abbas, na presença do Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, para rezar pelo fim das tensões no Oriente Médio. “No nosso tempo - disse Francisco - há tanta necessidade de se rezar, cristãos, judeus e muçulmanos, pela paz”. (SP)








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