Martírio do Pe. Jacques Hamel: ser semelhante a Jesus é o que atrai


Cidade do Vaticano (RV) – Este 26 de julho de 2017 recorda-se o brutal assassinato do Padre Jacques Hamel.

O sacerdote foi morto enquanto celebrava a Missa em Saint-Etienne-du-Rouvray, a sua Paróquia de Santo Estêvão, o primeiro mártir da Igreja.

Na Missa em sufrágio pelo sacerdote, celebrada na Capela da Casa Santa Marta em 14 de setembro de 2016, o Papa Francisco recordou:

“Hoje existem cristãos assassinados, torturados, presos, degolados, porque não renegam Jesus Cristo. Nesta história, chegamos ao nosso Padre Jacques: ele faz parte desta cadeia de mártires. Os cristãos que hoje sofrem – quer no cárcere, com a morte ou com as torturas – por não renegar Jesus Cristo, mostram justamente a crueldade desta perseguição. E para esta crueldade que pede a apostasia, dizemos a palavra: é satânica”.

É Satanás o autor das perseguições, como testemunham as últimas palavras de Padre Jacques diante de seus assassinos: “Afasta-te satanás!”.

Mas os mártires seguem Jesus, é ele “o primeiro mártir”, “o seu único pão” diz Francisco, “não tem necessidade de outro”:

“O mártir pode ser pensado como um herói, mas o fundamental do mártir é que foi um agraciado: é a graça de Deus, não a coragem, o que nos faz mártires”.

Tantos os mártires de hoje, mais numerosos do que os primeiros séculos, como nos recorda Francisco, ainda que a mídia não fale sobre isto.

Com efeito, “até agora se tem plena consciência do quão grande tenha sido o sacrifício em nome da fé nos últimos dois séculos”, afirma Padre Angelo Romano, Reitor da Basílica de São Bartolomeu, Memorial romano dos “Novos Mártires” dos séculos XX e XXI.

“Mártires de massa que interessaram inteiras comunidades eclesiais”, recorda o sacerdote, ao lado dos quais estão os chamados “mártires escondidos”, ou seja, homens e mulheres comprometidos em criar fraternidade, em encontrar novos caminhos para viver o Evangelho, “cristãos que amam de modo gratuito num mundo materialista e individualista”.

“É isto que atrai, ser semelhante a Jesus” – acrescenta Padre Angelo –“justamente como aconteceu com Padre Jacques, cuja morte na França abalou profundamente” a vida de cristãos e não só.

Neste sentido, conclui o sacerdote, se compreende quando o Papa diz que “o sangue dos mártires é semente de novos cristãos”: “não há dúvidas de que o Senhor venceu o mal e nós devemos estar à altura da missão que ele nos deu, ou seja, o anúncio do Evangelho a um mundo que tem tanta necessidade dele”. (GC/JE)

 








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