Cardeal Sandri: Ucrânia, espero um futuro de paz


Kiev (RV) - O Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, concluiu sua viagem à Ucrânia, iniciada no dia 11 deste mês. O purpurado retorna à Roma nesta terça-feira (18/07).

Na última segunda-feira (17/07), por ocasião da peregrinação mariana nacional, o Cardeal Sandri concelebrou a Divina Liturgia no Santuário de Nossa Senhora de Zarvanytsia, presidida pelo Arcebispo de Kyiv-Halyč, Dom Sviatoslav Shevchuk, responsável pela Igreja greco-católica ucraniana.
 
Na ocasião, o purpurado elevou novamente a sua oração pela paz, invocando o fim dos sofrimentos de muitas pessoas, levando a proximidade e a bênção do Papa Francisco. 

A propósito desse evento, eis o que disse o Cardeal Sandri.

Cardeal Sandri: “Para mim foi o momento culminante da minha viagem à Ucrânia, porque pensando nos encontros que tive antes nas regiões onde visitei, foi como recolher os sofrimentos dos deslocados num cesto espiritual de ofertas a Nossa Senhora e colocar toda essa realidade aos seus pés. Isso eu fiz pessoalmente, pensando na generosidade e na oferta do Santo Padre para a Ucrânia. Mas o fizeram também os ucranianos: uma maravilha! Grande participação na peregrinação, sobretudo de jovens, e na vigília à noite de todas as confissões. Depois, na Divina Liturgia de ontem participaram também várias pessoas. As orações, as confissões, o buscar, como se diz sempre, ‘através de Maria chegar a Cristo’. Para mim, o estar aos pés de Nossa Senhora com toda a Igreja greco-católica e com todos os fiéis que participaram pessoalmente ou através do rádio e da televisão, foi a conclusão mais bonita dessa viagem. Ter colocado nas mãos de Maria todo o futuro, que esperamos seja um futuro de paz e concórdia para esse amado país.” 

O senhor pode fazer um balanço dessa importante viagem à Ucrânia?

Cardeal Sandri: “Para mim é um balanço positivo, mesmo porque fui acompanhado pelo arcebispo greco-católico e depois pelo núncio apostólico a todos os lugares. Foi para mim uma segurança nesse país onde existe muitas denominações. Portanto, é preciso sempre agir quase remando acima das ondas para ficar sempre à tona. Para mim foi uma grande ajuda ter sido acompanhado por eles. Encontrei um clima de esperança: ver esse país, a Ucrânia, viver em paz, em segurança, e aspirar um país de prosperidade e concórdia para todos. Devemos, sobretudo, destacar a presença dos bispos latinos em todas as cerimônias. Ontem, eles não estiveram presentes na missa, porque foi a festa de sua Padroeira, Nossa Senhora, e o Cardeal Grocholewski estava com eles, mas alguns participaram da vigília. Tudo isso me leva a pensar: quanta diversidade e, portanto, quanta necessidade há de comunhão e testemunho que são as duas palavras, recordo-me, do Sínodo para o Oriente Médio. Comunhão e testemunho, como na América Latina, em Aparecida, que quis dizer, primeiramente discípulos e depois missionários. Penso e espero que essa viagem tenha servido para aumentar a comunhão com Deus, entre os fiéis e todas as Igrejas, e testemunhar o Evangelho, a graça e a santificação de Cristo.”
 
(MJ) 








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