CMI e FLM contra violência e discriminação das mulheres


Berna (RV)) - “O compromisso com os direitos das mulheres e a luta contra a violência de gênero não devem ser uma vocação feminina, mas uma prioridade de toda a humanidade. Portanto, o envolvimento e a ação concreta dos homens devem aumentar e progredir.”

Este foi o convite feito pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e pela Federação Luterana Mundial (FLM) durante o encontro anual de formação para Igrejas e organizações humanitárias religiosas, promovido pelos dois organismos, dedicado ao combate à violência e a discriminação das mulheres.

A reunião, intitulada Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres realizou-se no centro ecumênico de Bossey, na Suíça. A FLM e o CMI hospedaram o evento na Igreja da Suécia, na Finn Church Aid e na organização Mission 21. “Um encontro para pedir um maior compromisso, determinação e envolvimento de todos”, afirma a nota dos organismos. 

O secretário-geral da FLM, Rev. Martin Junge, reiterou que “a violência de gênero é um problema mundial, não marginal. Como Igrejas do norte, sul, leste e oeste temos a responsabilidade de enfrentar esse fenômeno e combatê-lo com toda a determinação possível”. 

Essas observações nascem das preocupações que emergiram durante os trabalhos examinados pelos grupos regionais que lamentaram o aumento de fenômenos perigosos, como o fundamentalismo, abuso sexual, trafico de drogas e tráfico de mulheres, e o aumento da pobreza. “Ainda mais grave é a legitimação de uma cultura da impunidade e silêncio, muitas vezes, politicamente e socialmente não criminalizada”, ressaltou. 

“Não podemos nos distrair, pois outras questões estão ameaçando as bases da democracia mundial com paradoxos marcantes”, frisou Junge. “Aqueles que querem ajudar os migrantes no Mar Mediterrâneo, ao invés de serem apreciados são criminalizados, e sua coragem humanitária é motivo de objeções.” 

“Tudo isso me preocupa”, reiterou o secretário-geral da FLM, lembrando a criminalização reservada a quem salva os refugiados e requerentes de asilo e de quem se envolve na proteção dos direitos das mulheres. “Não se deixem distrair por ninguém. Apoiar os direitos das mulheres é buscar a justiça”, concluiu Junge.

(MJ)
 








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