CMI sobre tratado que proíbe armas nucleares: resultado histórico


Genebra (RV) - Gratidão e satisfação pelo Tratado que proíbe o uso de armas nucleares, aprovado pelas Nações Unidas, nesta segunda-feira (10/07), foram expressas pelo secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Rev. Olav Fykse Tveit.

“Isso significa proteger todos os países e todo o Planeta, nossa casa comum. Esse acordo poderá salvar milhões de vidas humanas”, frisou ele.

O Tratado foi aprovado por 122 países, não obstante “os nove países com armas nucleares e os trinta que buscam refúgio na dissuasão nuclear dos EUA tenham boicotado as longas negociações sobre os tratados e se opuseram a anos de trabalhos preparatórios”, lê-se no comunicado do CMI, citado pelo jornal da Santa Sé, L'Osservatore Romano.

Segundo o organismo ecumênico, o percurso serviu para “levar o debate internacional para além das perspectivas estreitas da auto-conservação da estratégia militar e da influência política” e envolver “o âmbito amplo dos princípios humanitários e da ética fundamental, onde o imperativo moral contra as armas nucleares é claro e categórico”. 

O Tratado sobre a proibição das armas nucleares, que marca um “resultado histórico”, “obriga os estados a dar também assistência às vítimas do uso e dos testes de armas nucleares, e a assumirem a responsabilidade de remediar os danos ambientais”. 

“O Tratado coloca as armas nucleares na mesma categoria de outras armas indiscriminadas e desumanas como as armas químicas e biológicas, as minas antipessoais e as bombas de fragmentação, colocando fim a uma ‘exceção peculiar’, segundo a qual a pior arma de destruição de massa “não era proibida”, e  preenche um lacuna na lei criada e apoiada pelas maneiras em que as potências nucleares usaram o seu poder e sua influência internacional”. 

O texto deve agora ser assinado e ratificado pelos governos.

(MJ)








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