Cristãos iraquianos correm o risco de serem deportados dos EUA


Detroit (RV) – As novas disposições do governo estadunidense sobre os migrantes, em particular aqueles provenientes de países do Oriente Médio, causam medo e incertezas na comunidade caldeia da diáspora.

Por determinação de um juiz federal de Detroit, no entanto, os cristãos iraquianos não poderão ser deportados, ao menos, até 24 de julho.

A deportação dos Estados Unidos de 1400 imigrantes iraquianos, com base nas novas regras sobre migrações, já havia sido impedida com um recurso apresentado à Corte Federal de Detroit, quando o juiz distrital Mark Goldsmith havia suspenso por 14 dias os procedimentos de expulsão, período necessário para o tribunal competente decidir sobre o caso.

Cristãos iraquianos

Entre eles estão 100 cristãos caldeus, presos  em 12 de junho na região de Detroit, por policiais da Immigration and Customs Enforcemente. Trata-se, na maior parte dos casos, de homens residentes nos Estados Unidos há decênicos.

A operação foi deflagrada após o acordo entre Estados Unidos e Iraque, em que o governo de Bagdá aceitou acolher um certo número de cidadãos iraquianos submetidos à ordem de expulsão.

Alguns dos iraquianos presos tiveram no passado problemas com a justiça, fato que, segundo as forças policiais, justificaria a decisão de submetê-los à medida de repatriação forçada ao Iraque.

Patriarca Louis Raphael Sako

O Patriarca Louis Raphael Sako também interviu no caso. Em carta endereçada ao Bispo caldeu Frank Kalabat, à frente da Eparquia de São Tomé Apóstolo, em Detroit, o Primaz da Igreja Caldeia havia expresso solidariedade e proximidade às famílias dos iraquianos atingidos pelas medidas de expulsão, fazendo votos de uma adequada solução à emergência humanitária provocada pelas medidas, que atingem também os pais de famílias, com filhos pequenos.

Jogador EUA de origem iraquiana

A imprensa local também registrou a reação sobre o caso do renomado jogador estadunidense, Justin Meram, filho de pais caldeus provenientes da cidade de Tel Kaif, na Planície de Nínive: “sendo um americano caldeu, um americano iraquiano, é algo difícil de suportar”, declarou Meram ao Detroit News, fazendo votos de uma solução para o caso, que evite ulteriores sofrimentos e separações familiares dos imigrantes iraquianos que vivem nos Estados Unidos.

Entre as novas disposições do governo Trump em relação às imigrações, está a proibição de entrada nos EUA de cidadãos provenientes de seis países de maioria muçulmana, considerados como potenciais exportadores de terrorismo.

(je/fides)








All the contents on this site are copyrighted ©.