Juiz de Fora (RV) - No próximo dia 17 de julho, um grupo de seis pessoas da Arquidiocese de Juiz de Fora, incluindo o arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, embarca para o Haiti. A viagem ao país mais pobre das Américas terá o objetivo de estudar a possibilidade da criação de uma base missionária de nossa Igreja Particular no local.
Quem integra a delegação
Além de Dom Gil, o grupo é composto por cinco pessoas pertencentes à Comunidade
Jovens Missionários Continentais (JMC): Ana Maria Roberto, Marina Lopes de Assis,
Myria Izabel Carvalho de Araújo, William Câmara de Araújo e Wilmar José Pereira de
Carvalho. Juntamente com os missionários e o arcebispo de Juiz de Fora, irá também
o bispo da Diocese de Leopoldina, Dom José Eudes Campos do Nascimento.
O intercâmbio missionário vai em direção ao que propôs o Sínodo Arquidiocesano, realizado
em 2009 e cujo tema foi “Arquidiocese de Juiz de Fora, uma Igreja sempre em
missão”. Além disso, cumpre aquilo que Papa Francisco tem insistido em suas
pregações: a necessidade de uma Igreja em saída e que olhe para as periferias.
Juiz de Fora & Óbidos, parceria consolidada
A possibilidade de uma base avançada de missionários no Haiti se somaria à iniciativa
já existente na Diocese de Óbidos (PA). Na Igreja-Irmã, a Arquidiocese de Juiz de
Fora é responsável pela Paróquia São Martinho de Lima, para onde
envia sacerdotes e leigos.
“O Haiti é a periferia mais pobre da América Latina, e é para lá que os nossos olhos
se dirigem agora. Os meus olhos e os olhos dos ovens continentais. Com muita alegria,
continuemos, indo para servir, sem medo, porque o nosso motivo, o nosso norte, é Jesus
Cristo“, destaca Dom Gil.
Missa de envio em 16 de julho
A missa de envio do grupo juiz-forano está marcada para o próximo domingo, dia 16 de julho, às 16h, na Matriz Nossa Senhora da Conceição, em Benfica. O retorno dos últimos missionários está previsto para 5 de agosto.
Dados sobre o Haiti
O Haiti é um pais situado no Caribe, numa ponta da Ilha Hispaniola, no grande arquipélago das Antilhas, contando hoje com população de cerca de dez milhões de habitantes. Sua capital é Porto Príncipe, que agrupa mais de um milhão de habitantes. O regime político é a Republica, mas, há anos, sofre sucessivas crises, ao ponto de um grupo de nações, entre as quais o Brasil, estarem em socorro da população para garantir-lhe a paz e a segurança. Há ali um contingente de servidores militares de Juiz de Fora. A maioria da população é constituída de negros, afrodescendentes, oriundos de do regime escravocrata ali predominante no passado. Foi o primeiro país da América Latina a abolir a escravatura e o segundo a proclamar a independência, no ano de 1804, através de uma revolta dos escravos. Abrigou Simão Bolívar, em 1815, com a condição de que ele impusesse a libertação dos escravos nos países que conseguisse conquistar.
Calamidades naturais
O País tem sido atingido por dolorosas catástrofes naturais, como o terrível sismo de 12 de janeiro de 2010 que matou milhares de pessoas, indubitavelmente mais de 200 mil, tendo destruído o Palácio Presidencial, a Catedral de Porto Príncipe, oitenta por cento das casas, prédios públicos e comerciais. Neste terremoto, morreu a nossa Dra. Zilda Arns que ali estava para implantar sua ação caritativa, a Pastoral da Criança. Também faleceu na ocasião o Arcebispo Dom Joseph Serge Miot e vários sacerdotes.
A Igreja no país
O arcebispo atual é Dom Guirre Poulard, nascido em 1942, tendo, portanto atualmente, 75 anos de idade. A arquidiocese de Porto Príncipe foi criada como Diocese em 03 de outubro de 1861, e hoje conta com 04 dioceses sufragâneas. Em todo o Haiti, há apenas duas Províncias eclesiásticas, uma com sede em Porto Príncipe e a outra, no norte do País, em cabo Haitiano.
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