Cardeal Sandri na Ucrânia com a mensagem de paz do Papa Francisco


Cidade do Vaticano (RV) - O Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, inicia sua viagem à Ucrânia, nesta terça-feira (11/07), a convite do Arcebispo de Kyiv-Halyč, Dom Sviatoslav Shevchuk, e em vista da peregrinação nacional ao Santuário mariano de Zarvanytsia, em Ternopil.

O purpurado levará a saudação, a bênção e a solidariedade do Papa Francisco à comunidade greco-católica ucraniana, aos católicos de rito latino, aos ortodoxos e a todos aqueles que estão sofrendo as consequências dos três anos de conflito.

O Cardeal Sandri visitará também as cidades de Kiev, Leopoli, Kharkiv e Sloviansk, onde se realizará um encontro com os deslocados e necessitados. 

A propósito da viagem, eis o que disse o purpurado à nossa emissora.

Cardeal Sandri: “Esta quer ser uma viagem de consolo de irmão para irmão, levando as palavras de alegria e esperança do Papa Francisco a um país que sofre muito as consequências dos conflitos recentes. Visitarei a parte oriental onde se encontram os greco-católicos, católicos latinos e ortodoxos. Todas essas componentes formam um país cristão, uma nação que acredita em Deus, em Jesus Cristo, e associa esta fé ao sofrimento da Cruz, ao sofrimento das divisões, das guerras e daqueles que são vítimas dessa situação, especialmente os inocentes. Portanto, desejo levar, e esta é a tarefa que o Santo Padre me deu, o óleo da serenidade e da paz, e também, como disse o Papa Francisco, inspirando-se na espiritualidade de Santo Inácio de Loyola, levar ‘o discernimento’, a fim de pensar num futuro de esperança, de solução de todos os conflitos, um futuro de bom senso e humanidade.”

O Papa fez vários apelos pela paz na Ucrânia. O que pode ser feito pela paz?

Cardeal Sandri: “Na mensagem deste ano para o Dia Mundial da Paz, o Papa evidenciou ‘aqueles que promovem a paz’. A paz não cai do céu com um paraquedas. Devem existir na terra pessoas que a constroem, que encontram dificuldades, mas alcançam formas de acordo e diálogo a fim de superar os motivos que podem criar guerras e conflitos, sempre, obviamente, no respeito do direito, do direito internacional, no respeito da integridade territorial de todos os países, mas com um acréscimo de humanidade e amor.”

O senhor encontrará também as populações sofredoras das regiões orientais. Qual é  expectativa para esse encontro?

Cardeal Sandri: “Do grande coração do Papa Francisco surgiu, com grande surpresa, esta coleta da Europa para a Ucrânia. Foram arrecadados fundos que são o sinal da solidariedade de todos os católicos da Europa. São doações que o Papa recebeu para todos os ucranianos. Portanto, a mensagem é universal: amor e solidariedade para com todos aqueles que são vítimas dessa crise humanitária. Ali, há fome, falta de medicamentos, casas e escolas por causa das destruições causadas pelos conflitos. Através das Caritas da Igreja greco-católica, da Igreja latina e das Igrejas ortodoxas, pois o Papa deseja que essa ajude alcance a todos, se pretende dar um alívio, uma esperança para o futuro desse país que queremos ver livre. É um país cheio de pessoas que têm muitas qualidades humanas e espirituais, que possuem também a fé cristã. Espero que essa mensagem de fraternidade, ajuda e solidariedade do Papa Francisco, leve a todos a alegria do Evangelho.” 

(MJ)








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