Inglaterra: Mãe de Charlie pede que juízes deem a ele "uma possibilidade"


Londres (RV) – A mãe de Charlie Gard pediu aos magistrados - que esta segunda-feira voltam a examinar o caso -  para dar a ele mais uma possibilidade: ouvir os pesquisadores convencidos de que um tratamento experimental possa realizar um milagre.

Ouvir especialistas

“Para estas doenças muito raras existem os especialistas. Espero somente que os ouçam e nos deem esta possibilidade”, declarou Connie Yates à Sky News, nas horas que precedem a decisão da Alta Corte de Justiça, que se reúne nas primeiras horas da tarde desta segunda-feira.

A decisão será tomada pelo Presidente do departamento de menores, Nicholas Francis, o mesmo magistrado que em abril ordenou em uma primeira sentença o desligamento dos aparelhos que mantém o bebê de dez meses respirando, decisão confirmada sucessivamente por outros tribunais.

Nas mãos do juiz, o parecer favorável  de sete especialistas  – alguns dos quais do Hospital Pediátrico Bambino Gesù -  sobre um  tratamento experimental que poderia não curar a criança totalmente, mas ao menos deixá-la independente das máquinas.

“Espero que possam ver que existe mais de uma possibilidade em relação a quanto se pensava anteriormente e espero que confiem em nós como pais e confiem nos outros doutores”, acrescentou ainda a mãe.

Pressões internacionais

Pressões internacionais levaram à reabertura do caso. Diversos hospitais estrangeiros pediram que os aparelhos não fossem desligados. Deputados estadunidenses chegaram a propor dar a residência à criança e a sua família, permitindo assim que fosse submetido a um tratamento experimental.

No domingo, os pais de Charlie participaram de uma manifestação no Great Ormond Street Hospital, onde o bebê está internado.

Apoiadores da causa reuniram 350 mil assinaturas pedindo que a criança possa viajar aos Estados Unidos e no Twitter @charliesfight agradeceram a todos que apoiam a causa.

Caso Ashya King

Segundo a imprensa britânica, os pais de Charlie conversaram com o pai de Ashya King, uma criança com câncer, que em 2014 também esteve ao centro de uma queda de braço que envolveu seus pais e o serviço de saúde britânico (NHS).

Os pais venceram a disputa, levando então a criança para ser tratada em Praga, na República Tcheca. Hoje Ashya tem oito anos e frequenta a escola.

 (JE com informações de AGI)








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