Cidade do Vaticano (RV) – Por ocasião do “Domingo do Mar”, que se celebra no segundo domingo de julho (09/7), o Santo Padre se une a esta celebração, através do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e os Itinerantes, para chamar a atenção sobre a esquecida situação marítima.
Cerca de 1 milhão e 200 mil marinheiros trabalham na indústria marítima. Não obstante, esta profissão é praticamente desconhecida, como também são pouco conhecidas as dificuldades e perigos que enfrentam.
Em uma mensagem para esta ocasião, o Pontifício Conselho manifestou seus auspícios por uma mudança concreta nas situações de trabalho das equipes que prestam serviço a bordo dos navios, quase sempre “invisíveis”.
Eles passam meses e meses em um espaço restrito, longe de suas famílias, com normas restritivas e injustas que, às vezes, até impedem de descer em terra firme. Tudo disso, sem contar as contínuas ameaças de pirataria, das forças da natureza e do assalto à mão armada em rotas marítimas.
A Mensagem da Santa Sé presta homenagem ao pessoal que trabalha a bordo dos navios mercantes, nas rotas do Mar Mediterrâneo, que continuam a se deparar, ainda hoje, com a triste realidade de milhares de imigrantes que chegam à costa italiana.
Para chamar a atenção da opinião publica mundial, há quatro anos, o Papa Francisco iniciava seu Pontificado com uma visita inesperada fora do Vaticano, visitando precisamente a Ilha de Lampedusa, ao sul da Itália, em solidariedade com os milhares de pessoas que deixam seus países, por causa das guerras e conflitos internos, para encontrar uma vida melhor no continente Europeu.
Em sua mensagem, a Santa Sé solicita mais recursos, não apenas para as missões de resgate e salvamento, mas também para prevenir o tráfico e a exploração de pessoas que fogem das terríveis condições de conflito e de pobreza de seus países.
Na conclusão da Mensagem, o Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e os Itinerantes expressa seu apreço e reconhecimento à obra de todos os capelães e voluntários do “Apostolado do Mar”, cuja presença nos portos é um sinal da Igreja entre os marinheiros, que mostra o rosto compassivo e misericordioso de Cristo.
A especial celebração do “Domingo do Mar” teve início em 1975, por iniciativa do Apostolado do Mar, juntamente com a Mission to Seafarers e a Sailors’ Society, com o objetivo reconhecer a preciosa contribuição dos marítimos no âmbito da economia mundial.
Esta celebração tem também importância ecumênica porque, em muitos portos, as celebrações e as diversas atividades de sensibilização, se realizam em colaboração com outras denominações cristãs. Trata-se de um testemunho cristão de unidade e cooperação pelos direitos daqueles marítimos, cuja presença, muitas vezes, é imperceptível. (MT/JSG/Gaudium Press)
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