EUA: católicos empenhados em evangelizar as periferias físicas do país


Orlando (RV) – Terminou nesta terça-feira (4), em Orlando, nos Estados Unidos, o grande encontro dos católicos americanos que reuniu, durante quatro dias, 3 mil pessoas, entre as quais, 160 bispos e representantes de 200 associações. O evento é considerado o segundo do gênero na história da Igreja estadunidense, convocado pela Conferência Episcopal do país.

Com o tema “A alegria do Evangelho na América”, o compromisso final dos participantes foi levar a Palavra de Deus nas periferias físicas e existenciais do país, hoje, mais do que nunca dividida pela exclusão social, pelo racismo e pela polarização política. É uma resposta ao chamado do Papa Francisco na sua Exortação Apostólica Evangelii gaudium.

O vice-presidente da Conferência, Dom José H. Gomez, enfatizou nesta segunda-feira (3), que esse desafio não vê somente bispos e clero convocados, mas toda a Igreja: ser cristãos, de fato, não é somente aceitar Cristo como nosso Salvador, mas requer ir às periferias físicas e existenciais da sociedade. O prelado acrescentou que “essas periferias são aquelas partes das nossas cidades e áreas rurais que nunca visitamos. São os lugares onde vivem os pobres, as prisões e os acampamentos dos nossos espaços públicos. São os frutos amargos do abandono, do tráfico e da injustiça”.

Dom José lembrou do Papa ao dizer que esses lugares “não são somente áreas físicas e categorias sociais. É onde a pobreza é material, mas também espiritual”. Francisco, prosseguiu ele, “nos diz que no mundo moderno as periferias estão crescendo e que esse é um novo território de missão” para a Igreja.

O prelado também chamou em causa a responsabilidade das elites do país por ter conduzido a uma “agressiva descristianização” da sociedade dos Estados Unidos. “Com a perda de Deus estamos assistindo a perda da pessoa humana”, disse ele. O resultado, como demonstram as últimas eleições presidenciais, é um povo profundamente “dividido pelo dinheiro, pela posição racial, pelo nível de instrução e pelos contextos familiares, que tem medo do futuro e se sente impotente e excluído”. A resposta a essa crise, concluiu o arcebispo de Los Angeles, é “a imitação de Jesus e o encontro com as pessoas nos lugares de sofrimento e de injustiça, onde as pessoas são esquecidas”. (AC)








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