Von Braun: Pobreza e ambiente, as prioridades da Pontifícia Academia das Ciências


Cidade do Vaticano (RV) - Contente e honrado com a nomeação. Este é o sentimento expresso pelo Professor Joachim von Braun, Professor Ordinário de Economia e Inovação Tecnológica e Diretor do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento da Universidade de Bonn, na Alemanha, nomeado pelo Papa Francisco em 21 de junho como Presidente da Pontifícia Academia das Ciências.

Suas publicações tratam primordialmente sobre o desenvolvimento econômico internacional, a economia dos recursos naturais, a pobreza, a política agrícola, as políticas de inovações científica e tecnológica e o comércio internacional. É considerado como um dos principais especialistas quando se trata de fome, má-nutrição e políticas ligadas à sua resolução.

O Professor Joachim foi entrevistado pelo colega do Programa Alemão, Mario Galgano:

"A Academia foi instituída em 1936 pelo Papa Pio XI, como uma moderna Academia científica, não-confessional. Eu sou evangélico, assim como evangélico era também o meu predecessor, o suíço Werner Arber. Isto indica o quão independente e moderna é a abordagem do Vaticano em mérito à posição do Presidente da Pontifícia Academia das Ciências. Em nível internacional, no campo científico, a Pontifícia Academia tem o seu peso, os oitenta cientistas que a compõe são escolhidos com grande cuidado entre o círculo da comunidade científica internacional, muitos deles são vencedores do Prêmio Nobel. Trata-se de cientistas e filósofos de grande renome e é por isto que as tomadas de posição da Academia são acolhidas com grande atenção, quer pela comunidade científica, como pela sociedade no geral".

RV: Que meta o senhor pretende perseguir na qualidade de Presidente da Pontifícia Academia das Ciências?

"Para a Academia é de importância fundamental o estudo sério e aprofundado de soluções aos graves problemas que atingem a humanidade hoje. No que diz respeito a mim, os âmbitos de maior relevância são, por um lado, pobreza, fome, desigualdade e injustiça, em como a ciência pode contribuir para resolver estes problemas. Por outro, a destruição de nosso ambiente e da natureza, dois aspectos que estão intimamente ligados. A Academia já tratou sobre isto de forma aprofundada e continuará a fazê-lo em maneira ainda mais consistente no futuro. A pobreza e o ambiente sustentável são pontos de força que, enquanto Presidente, gostaria de tratar, em colaboração com os colegas e as colegas da Pontifícia Academia das Ciências".

(JE/MG)

 








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