A oração da Família Salesiana para que relíquia seja devolvida


Asti (RV) – Expectativa, confiança, oração. É com este espírito que a Família Salesiana está enfrentando este tempo de incerteza, depois do furto da relíquia de Dom Bosco da Basílica de Castelnuovo.

“Até agora não há novidades sobre a investigações, que possam levar ao autor do furto da relíquia de Dom Bosco. Confiamos na magistratura que está investigando”, afirmou esta terça-feira o Vigário do Reitor Mor, Padre Francesco Cereda.

“A notícia do furto – prossegue o sacerdote – repercutiu em todo o mundo, como expressão do amor por Dom Bosco. É este o significado de uma relíquia de um Santo: oferecer um elemento visível e tangível para favorecer a invocação e a imitação do Santo. Assim é Dom Bosco, que continua a ser amado e invocado pelos jovens, especialmente os mais pobres e necessitados”.

“Fazemos votos e rezamos – conclui Padre Francesco – para que esta relíquia possa retornar o mais breve possível aos leu lugar, na Colle Dom Bosco, justamente no local onde Dom Bosco nasceu”.

O furto da relíquia - o cérebro de Dom Bosco - ocorreu na noite de sexta-feira, 2 de junho, na Basílica Inferior de Castelnuovo.

Sobre a importância desta relíquia e deste local, meta contínua de peregrinações, conversamos com o responsável da comunicação dos salesianos do Piemonte e Vale D’Aosta, Padre Moreno Filipetto:

“De fato, é importante todo o local, todo o complexo da Colina Dom Bosco. A Colina Dom Bosco é a casa de Dom Bosco. O próprio Papa João Paulo II nos havia pedido para fazer deste local um pouco a Assis salesiana, a Assis dos jovens. Aqui Dom Bosco nasceu, aqui Dom Bosco viveu, aqui Dom Bosco teve o sonho que deu a direção de sua vida, o sonho aos 9 anos, em que com mansidão e com uma mestra, que é Maria,  poderia educar os jovens e transformá-los em anjinhos com a capacidade de caminhar para o bem, correr em direção ao bem, à felicidade, às Bem-aventuranças, que no final das contas, são o Paraíso. E este lugar torna-se assim um local fundamental: nos trazia os jovens, aqui, nas caminhadas no outono e ainda agora é repleto de peregrinos que vem atraídos por este Santo – o Santo dos jovens – que ainda hoje toca os corações e que os transforma para transformá-los em colaboradores de sua missão. Isto é o que se vê todos os dias na Colina Dom Bosco”.

RV: Padre Francesco, a fé se alimenta também de sinais tangíveis. O que estas relíquias de Dom Bosco representam para a comunidade salesiana?

“Representam o sinal da sua presença, um sinal que é certificado por uma coisa: o fato de que Dom Bosco é Santo, ou seja, se encontra na comunhão dos Santos, em suma, está vivo. A sua vida teve sucesso: é uma vida em que o kronos, o tempo que se vive, torna-se kairós, tornou-se Paraíso, tornou-se uma vida por si só. Este sinal da presença pode acontecer graças aos lugares onde Dom Bosco viveu, graças às relíquias que levam o seu nome e que nos recordam a sua presença. Mas sobretudo, acredito que se realiza com a presença de tantos salesianos e de tantos amigos de Dom Bosco, que ainda hoje continuam a realizar coisas, a ser Dom Bosco, vivo, hoje para os outros.”

Os Carabineiros e a Procuradoria de Asti continuam as investigações. Na parte externa da Basílica existem câmaras, cujas filmagens foram analisadas. Os especialistas já realizaram todos os levantamentos possíveis do caso e nenhuma pista está excluída, desde extorsão até ação de algum desequilibrado.

(JE/MG)








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