Bispos escoceses: eleitores deixem-se guiar pela Doutrina social da Igreja


Edimburgo (RV) - “A nossa nação, o nosso Parlamento e o nosso governo serão julgados pelo modo como tratam nossos cidadãos mais pobres e vulneráveis.” Este é o veemente apelo dos bispos católicos escoceses lançado em vista das eleições para o Parlamento de Westminster, marcadas para o próximo dia 8 de junho. A exortação dos prelados está contida numa Carta pastoral que será lida no próximo domingo (21 de maio) em todas as 500 igrejas do país – cuja nação faz parte do Reino Unido.

Tutela da vida desde a concepção até a morte natural

Em particular, os prelados escoceses recomendam aos eleitores escolher os candidatos deixando-se guiar pelos princípios da Doutrina social da Igreja, entre os quais a defesa dos mais fracos e dos mais pobres e o combate ao aborto, à eutanásia e ao suicídio assistido que são práticas “moralmente inaceitáveis”.

Bem-estar da sociedade depende da família

A Conferência Episcopal Escocesa recorda aos eleitores que “o bem-estar da sociedade depende da saúde da família” e que “aqueles que estão no poder têm a obrigação de trabalhar por este objetivo com políticas que não penalizem economicamente as famílias com vários filhos”.

Na Carta pastoral é também central o chamado a combater a pobreza que ainda atinge “muitas pessoas”, e a acolher “migrantes, refugiados e aqueles que pedem asilo”, buscando prover “soluções pacíficas nas regiões de conflito”.

Liberdade de religião e de consciência

Ademais, olhando para o contexto da União Europeia, os bispos escoceses ressaltam a importância de “oferecer estabilidade e segurança para o futuro” do continente, reiterando a necessidade de que os candidatos “renovem a cooperação a nível internacional”.

Os bispos escoceses exortam também a tutelar o direito de religião e de consciência e fazem um apelo a contrastar o uso das armas nucleares, cuja utilização “é um grave crime contra Deus e contra a humanidade”.

Sim ao diálogo e ao respeito recíproco

“Os Estados têm o direito de possuir os meios necessários para a legítima defesa, mas isso não deve tornar-se um pretexto para um excessivo acúmulo de armas que se torna uma notável ameaça para a estabilidade e a liberdade” dos países”, lê-se no documento episcopal.

Por fim, todos os candidatos são exortados ao diálogo, ao respeito pelos diferentes pontos de vista e ao cuidado para com a sociedade, sobretudo para com seus membros mais vulneráveis. (RL)








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