Card. Ortega não acredita em "freio" nas relações entre Cuba-EUA


Madrid (RV) – O Arcebispo emérito de Havana, Cardeal Jaime Ortega, afirmou na quarta-feira (10/05) não acreditar que ocorra um “freio” no diálogo entre Cuba e Estados Unidos durante a presidência de Donald Trump.

Durante um “Café informativo” realizado em Madrid, organizado pela “Nueva Economía Foro”, o purpurado disse apostar na abertura na Ilha, mesmo reconhecendo que esta ocorre “com um pouco de lentidão”. Representantes políticos, eclesiásticos e econômicos, além de diversos meios de comunicação, participaram do encontro.

O Cardeal, que apresentou sua renúncia ao governo pastoral da Diocese de Havana há um ano por limite de idade, disse que na sua opinião, tudo o que pode ser feito para implementar os acordos entre Estados Unidos e Cuba durante a Presidência de Barack Obama “segue funcionando igual”, e recordou, que até o momento “Trump não se pronunciou a este respeito.

Dom Ortega, que a pedido do Vaticano desempenhou um papel preponderante na aproximação entre os dois países em 2015, após 50 anos de relações congeladas, afirmou que a sua intervenção foi “de ordem profundamente cristã”, “com a intenção do diálogo”, insistindo que apesar da repercussão política que a sua atuação teve, ele “não é um homem político”.

A respeito dos cubanos exilados em Miami, disse que muitos deles “têm interesse em colaborar” em projetos sociais e “com a vida econômica de Cuba”.

O Cardeal, que também exerceu sua mediação para conseguir a libertação de 135 presos cubanos em 2010 – que chegaram na Espanha junto com seus familiares – mostrou-se otimista em relação à abertura que está ocorrendo em Cuba. A libertação destes prisioneiros – reconheceu o purpurado – foi um “sinal positivo” para “a  melhoria das relações com os Estados Unidos” e também com a União Europeia, marcadas na época pela chamada “posição comum”, que condicionava as relações com Havana a avanços nas liberdades.

O Cardeal foi apresentados aos participantes do encontro pelo ex-ministro espanhol de Assuntos exteriores Miguel Ángel Moratinos, que colaborou com ele na libertação dos prisioneiros políticos e 2010, e o qualificou como “um homem de paz e um homem de diálogo”. (JE/EFE)

 

 

 








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