Santa Sé na Onu: diálogo é único antídoto para o ódio e a violência


Nova York (RV) - Preocupação com a situação no Oriente Médio; condenação ao uso de agentes químicos na Síria em violação ao direito internacional; repúdio aos recentes atentados contra civis reunidos em oração no Egito; votos de uma negociação direta entre israelenses e palestinos que com o apoio da comunidade internacional leve a uma solução de dois Estados em paz entre si.

Foram essas, em síntese, as questões abordadas pelo observador permanente da Santa Sé junto à Organização das Nações Unidas, Dom Bernardito Auza, em pronunciamento esta quinta-feira  (20/04) no Conselho de Segurança da Onu, em Nova York, sobre o Oriente Médio.

Santa Sé: diálogo é único antídoto para o ódio

O núncio apostólico evidenciou que a visita do Papa Francisco ao Egito, programada para os próximos dias 28 e 29 de abril, tem a finalidade de realçar que não existe antídoto mais eficaz para o ódio e a violência do que o diálogo e o encontro.

O arcebispo filipino fez um forte chamado aos fornecedores de armas a agir em conformidade com as normas internacionais, bem como aos líderes religiosos a fim de que manifestem abertamente a incompatibilidade de toda religião com o terrorismo praticado em nome de Deus, e com outras ações contrárias à dignidade humana e aos direitos fundamentais de todo homem e mulher, sobretudo o direito à vida e à liberdade religiosa.

Comunidade internacional proteja minorias religiosas em risco de genocídio

O representante vaticano voltou seu pensamento às minorias religiosas e étnicas no Oriente Médio, cuja presença histórica vivida pacificamente durante milênios com a maioria muçulmana é hoje ameaçada pelo extremismo que os tomou como alvo destruindo seu patrimônio cultural e histórico.

Dom Auza pediu à comunidade internacional que intensifique os esforços para livrar essas populações do flagelo ameaçador do genocídio perpetrado pelos terroristas.

Líbano, exemplo de acolhimento

Diante da crescente instabilidade da Região, o observador permanente louvou o Líbano que assumiu o ônus de acolher milhões de refugiados provenientes de países e territórios limítrofes em conflito.

A esse propósito a Santa Sé, em observância ao que estabelece o Conselho de Segurança da Onu, pede o desarmamento de todos os atores não estatais armados e financiados por fontes externas.

Dois Estados para Israel e Palestina

Em seguida, reiterando a solução de dois para Israel e Palestina, com confins reconhecidos a nível internacional, o núncio apostólico evocou um acordo negociado em boa fé com coragem e a perspectiva de concessões recíprocas equânimes.

No pronunciamento do diplomata vaticano um seco não a decisões unilaterais ou a atos de violência que avultam o ódio e divisões. Foi também claro o convite ao diálogo em sintonia com os auspícios do Papa Francisco, que assegura todo esforço e reza a fim de que as feridas profundas que dividem israelenses e palestinos possam ser curadas, acrescentou por fim o arcebispo Dom Auza. (RL / PO)








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