Bispos venezuelanos pedem respeito pelos direitos civis


Caracas (RV) - Antes dos protestos realizados na quarta-feira em toda a Venezuela, a Presidência da Conferência Episcopal Venezuelana havia dirigido uma mensagem a todos os venezuelanos, pedindo para rechaçarem qualquer manifestação violenta, ao mesmo tempo em que pedia o respeito pelos direitos de todos os cidadãos.

Nos protestos realizados nas principais cidades do país na quarta-feira, morreram três manifestantes.

Na mensagem o episcopado recorda que a democracia é caracterizada pelo respeito e pela proteção dos direitos dos cidadãos. E "quando o Estado (ou o Governo) desconhece ou desrespeita estes direitos - alerta - deixa de ser um Estado democrático, perde a legitimidade de sua função, que é a defesa de todos os cidadãos, independentemente de sua ideologia política".

A defesa dos direitos humanos e civis - recorda o comunicado -  não é uma exclusividade do âmbito sócio-político, mas também do religioso. Para os fiéis, "Deus é o autor da vida e seu protetor. O mandamento "Não matarás" é uma defesa da vida".

"A Igreja acompanha e exorta os cidadãos para que (as manifestações) sejam pacíficas", respeitem a vida, a propriedade e o bem comum. "O protesto cívico e pacífico não é um delito - recorda o comunicado. É um direito! Seu controle não pode ser uma repressão desmedida", pois está garantido pela Constituição e amparado pelas leis.

Ao respaldar em todos os seus aspectos as declarações dadas recentemente pelos Cardeais do país, a Conferência Episcopal Venezuelana pede a "todos os cidadãos, aos fiéis em Cristo e aos homens de mulheres de boa vontade, para agirem segundo a reta consciência, os princípios democráticos e as leis do país, assim como exercer o direito à manifestação e protesto público de maneira respeitosa com as pessoas e propriedades e de modo responsável e pacífico".

Também é feita referência à mensagem do Papa Francisco na mensagem Urbi et Orbi no domingo de Páscoa, em que exorta os países da América Latina "à busca de válidas soluções pacíficas diante das controvérsias, para o progresso e a consolidação das instituições democráticas, no pleno respeito do estado de direito".

Por fim, os prelados venezuelanos exigem do Governo, "o respeito pela dignidade das pessoas e o direito de livre expressão de protestos e manifestações pacíficas e democráticas". (JE)

 








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