Venezuela: missa na fronteira com a Colômbia


Caracas (RV) – “Juntamos novamente nossas vozes para pedir aos presidentes e autoridades da Venezuela e Colômbia que não se deixem levar por interesses especiais, mas que olhem para a verdadeira realidade do nosso povo, de modo a abrir permanentemente a fronteira e mostrar ao mundo a nossa capacidade de viver a fraternidade e integração politicamente,  culturalmente e na religião”, disse o Bispo San Cristóbal na Venezuela, Dom Mario del Valle Moronta Rodríguez, que presidiu a missa do crisma, em Ureña, fronteira com a Colômbia. 

Estava presente o Bispo de Cúcuta (diocese colombiana), Víctor Manuel Ocha Cadavid, juntamente com uma delegação de sacerdotes. “Nossa gratidão ao bispo de Cúcuta e seus sacerdotes que têm demostrado com seus atos de caridade e comunhão que a Igreja não tem fronteiras”. 

A fronteira entre a Venezuela e Colômbia foi fechada e reaberta várias vezes pelo governo venezuelano em um esforço para combater o contrabando transfronteiriço das organizações criminosas. A medida, no entanto, criou enormes inconvenientes para o público, especialmente para aqueles que vivem na fronteira. 

Dom Ochoa Cadavid garantiu o compromisso da sua Igreja para continuar a ajudar os necessitados na diocese de San Cristóbal de Venezuela. Ele anunciou que em 2018, a Missa do Crisma será realizada na paróquia de São Miguel Arcanjo em Barrancas, em território colombiano.

Sobre a situação atual da Venezuela interveio no último domingo, durante a celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, o Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Liberato Urosa Savino: “Nós temos que nos controlar e agir calmamente, racionalmente, buscando um entendimento com outros. Nós dissemos na última mensagem da Conferência Episcopal: devemos defender os nossos direitos e os direitos dos outros, mas devemos fazê-lo sem violência, seguindo a Constituição e as leis”.  
    
O Cardeal Urosa Savino aconselhou os fiéis a não perderem a esperança diante da terrível situação em que vive o país. Convidou-os a participar das celebrações da Semana Santa em todas as igrejas e a orar pela situação do país. A tensão continua elevada. Durante dois dias houve manifestações em vários locais, algumas muito violentas. A oposição pediu para os municípios apoiarem o processo na Câmara para remover os sete juízes do Supremo Tribunal acusados de darem um golpe inconstitucional.     

(MD) 








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