Bispos europeus: "Jesus é mais forte do que nossas portas fechadas"


Bruxelas (RV) - Os bispos das Conferências Episcopais Europeias reafirmaram sua intenção de percorrer um caminho de unidade, convidando as comunidades cristãs a serem um sinal de alegria na fé e de amor desinteressado no tempo pascal.

"As atuais divisões entre cristãos ferem o corpo de Cristo, mas hoje, quando as Igrejas do Oriente e do Ocidente celebram ao mesmo tempo a Cruz e a ressurreição, proclamamos a nossa comum fé em Jesus Cristo, o Redentor que se levantou e ressuscitou do meio dos mortos", afirmam em comunicado os responsáveis do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE).

A CCEE lembra os cristãos perseguidos que se veem impedidos de celebrar as festas pascais.

"Temos especialmente unidos a nós, através das nossas orações, aqueles cristãos perseguidos e impedidos de celebrar a ressurreição de Jesus em liberdade e paz. Eles são o corpo sofredor de Cristo".

Os bispos querem ainda lembrar quantos morreram por professarem a sua fé e todos aqueles que continuam a testemunhar e a trabalhar para que seja possível o respeito mútuo e o diálogo em situações perigosas.

"Eles são um apelo a que os cristãos na Europa também sejam corajosos na sua fé e testemunhem com alegria e convicção o amor infinito de Deus. Eles apelam aos cristãos na Europa a permanecerem perto dos mais necessitados, independentemente da nacionalidade ou da religião: os pobres, as mães sozinhas com os seus filhos, os doentes e os idosos, os presos, os refugiados, e todos os excluídos da nossa sociedade".

Reconhecendo que a crucificação é uma realidade que continua na vida humana, violada e explorada em cenários de guerra, da ganância e da injustiça, onde a vida está sob ameaça e é tantas vezes destruída, os bispos europeus querem afirmar que Jesus Cristo é mais forte do que as nossas portas fechadas e do que as paredes que existem nos nossos corações.

"A celebração cristã da Páscoa significa que, através de Jesus Cristo, a vida triunfa sobre a morte, a esperança sobre o desespero e a paz sobre o conflito; nada é como era antes da ressurreição de Cristo", conclui o comunicado.

(Ecclesia)








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