Papa Francisco: o pecado se manifesta na violência que destrói o mundo


Cidade do Vaticano (RV) – “Penso que hoje o pecado se manifeste com toda a sua força destruidora nas guerras, nas várias formas de violência e maus-tratos”: este é um trecho da entrevista que o Papa Francisco concedeu ao jornal italiano “La Repubblica”, publicada esta quinta-feira (13/04).

Concedida ao jornalista Paolo Rodari, o Papa afirma que está vivendo esta vigília pascal pedindo com força ainda maior a paz “para este mundo submetido aos traficantes de armas que lucram com o sangue dos homens e das mulheres”.

Atire a primeira pedra

Sobre a Quinta-Feira Santa, Francisco explica que escolheu celebrar novamente o rito do lava-pés com os detentos porque este é o mandamento de Jesus, “que vale para cada um de nós, mas sobretudo para o bispo que é o pai de todos”.

“Eu respondo com a palavras de Jesus: quem não for culpado, que atire a primeira pedra. Devemos nos olhar por dentro e tentar ver as nossas culpas. Somente assim, o coração se tornará mais humano.”

O Papa recorda que todos podemos errar. “Todos, de um modo ou de outro, erramos. E a hipocrisia faz com que não pensemos na possibilidade de mudar de vida: há pouca confiança na reabilitação, na reinserção na sociedade.”

A violência destrói o mundo

Quanto à violência, Francisco afirma: “Penso que hoje o pecado se manifeste com toda a sua força destruidora nas guerras, nas várias formas de violência e maus-tratos, no abandono dos mais frágeis. Quem paga a conta são sempre os últimos, os inermes. Não é fácil saber se o mundo é mais ou menos violento do que no passado, nem se os meios de comunicação e a mobilidade que caracteriza a nossa época nos tornam mais conscientes da violência ou indiferentes a ela”.

O Papa prossegue: “Já disse várias vezes e repito: a violência não é a cura para o nosso mundo fragmentado. Responder à violência com a violência conduz, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e imensos sofrimentos. No pior dos casos, pode levar à morte, física e espiritual, de muitos, senão de todos”.








All the contents on this site are copyrighted ©.