Dois ataques contra igrejas no Egito provocam 45 mortes


Cairo (R) - Duas explosões ocorridas em duas igrejas cristãs coptas - em Tanta, norte do Cairo e em Alexandria do Egito - provocaram ao menos 45 mortos. No primeiro atentado morreram 27 pessoas e no segundo ao menos 18. Dezenas de pessoas ficaram feridas. O autoproclamado Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque nos dois locais que celebravam o Domingo de Ramos.

O Papa recebeu a notícia do primeiro atentado, enquanto fazia sua alocução que precede a Oração mariana do Angelus. Francisco ofereceu sua proximidade e oração às vítimas e aos coptas, rezando pela conversão de quem semeia o terror, fabrica e trafica armas.

A Igreja Mar Girgis de Tanta encontra-se na região de Ali Moubarak. Uma fonte de segurança egípcia afirmou que a explosão foi provocada por um artefato colocado dentro da igreja. Segundo a TV estatal, é possível que o artefato tenha sido acionado à distância. Segundo outros fontes, se trataria de um atentado suicida.

As forças de segurança egípcias também desarmaram dois artefatos explosivos na Mesquita Sidi Abdel Rahim - também em Tanta - a segunda em importância da localidade. Dentro dela está um importante santuário sufi.

Já a segunda explosão, na Igreja de São Marcos em Alexandria, foi provocada por um kamikaze. O comandante das forças de segurança foi morto ao tentar deter o atacante, que agia de forma suspeita ao tentar entrar na igreja. Os feridos são ao menos 66.

O Patriarca da Igreja Copta, Tawadros II, havia presidido a celebração na Catedral de São Marcos em Alexandria pouco antes da explosão ocorrida do lado externo do templo.

Segundo fontes ligadas à Igreja Copta, o Patriarca encontrava-se dentro do templo no momento do ataque, mas saiu ileso. Todos os fiéis que encontravam-se dentro da igreja - precisam as fontes - "estão sãos e salvos e a igreja não sofreu danos".

O ataque em Tanta, além das vítimas, gerou nervosismo e hostilidade contra o governo egípcio, especialmente contra o Ministério do Interior "que não os protege", afirmou um jovem egípcio, explicando os gritos e o sentimento de frustração verificado entre uma pequena multidão de algumas dezenas de pessoas que conseguiram atravessar o cordão de isolamento colocado nos dois lados da rua.

Os cristãos coptas correspondem a 10% da população egípcia, que é de 85 milhões.

(JE com Agências)








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