Núncio Apostólico na Colômbia visita Mocoa e leva saudação do Papa


Mocoa (RV) - “O Papa Francisco manifesta seu pesar aos familiares das vítimas e reza para que os feridos fiquem logo curados.” 

Foi o que disse, nesta quinta-feira (06/04), o Núncio Apostólico na Colômbia, Dom Ettore Balestrero, durante uma visita à cidade de Mocoa, onde morreram mais de 300 pessoas após um gigante deslizamento de terra, causado por chuvas torrenciais. O prelado celebrou a missa na catedral dessa cidade colombiana, situada a 500 quilômetros ao sul da capital Bogotá. 

Na homilia, Dom Balestrero destacou que o sacrifício sacramental se estende também a outros momentos do dia, como por exemplo, quando “servimos os irmãos, escavamos na lama, curamos os feridos e consolamos os sobreviventes”. “Somos expectadores de um país inteiro que renasce em Mocoa, pois supera suas tensões e polarizações, se une e se torna solidário com cada um dos habitantes dessa cidade. Trata-se de amor e somente o amor permite renascer”, disse o arcebispo.
 
O Núncio Apostólico na Colômbia agradeceu “a todos aqueles que estão se mobilizando e se sacrificando por Mocoa, começando pelo bispo e pelos sacerdotes que participam da dor de seu povo”. 

“O Papa ficou muito triste por causa daqueles que morreram, pelos que estão chorando seus entes queridos e por todos aqueles que deram a vida para ajudar os próprios irmãos. Eles estão presentes em suas orações”, disse o arcebispo aos jornalistas. 

O Bispo de Mocoa, Dom Luis Albeiro Maldonado Monsalve, sublinhou que “a realidade mais dura de Mocoa está no cemitério”. “De agora em diante, a obra da Igreja com as pessoas do Estado de Putumayo será a de semear esperança nos corações a fim de reconstruir o nosso povo”. 

O Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, anunciou que os fundos arrecadados durante a campanha da Igreja colombiana na Quaresma serão destinados ao povo de Mocoa. 

Segundo a Agência Sir, nessa cidade falta ainda corrente elétrica. A água é distribuída em carro-pipa. Começam a chegar as primeiras ajudas de todo o país e prossegue o reconhecimento das vítimas. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, declarou estado de emergência. 

Foram destinados 40 bilhões de pesos para a assistência humanitária e o projeto de construção de um aqueduto e um hospital.
 
(MJ)








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