Carta de S. Vicente: a criatividade apostólica de Anchieta


Cidade do Vaticano (RV) – Nesta semana em que recordamos os 3 anos da canonização de José de Anchieta, e na concomitância da Quaresma, que traz o tema ‘Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida’ e o lema ‘Cultivar e guardar a criação’, estamos conhecendo melhor a Carta de São Vicente. 
Em 1560, sensibilizado com a extraordinária biodiversidade da Mata Atlântica, o Padre José de Anchieta escreveu a Carta, primeiro registro histórico sobre o bioma.

Com grande sensibilidade e criatividade apostólica, o jovem, demonstrando fidelidade à fé e abertura ao diálogo com a cultura indígena, é hoje um exemplo de ‘Igreja em saída’. É o que afirma o nosso hóspede, Pe. Josafá Siqueira SJ, reitor da PUC-Rio, estudioso de questões ambientais, autor de artigos científicos e de 12 livros, entre eles ‘Um olhar sobre a natureza’, ‘Ética e meio ambiente’, ‘Ética socioambiental’.

“A vida de Anchieta traz um testemunho especial e extraordinário, mudando a nossa capacidade de nos relacionarmos com toda a Criação e ao mesmo tempo, a capacidade bonita de ver quais são as demandas de uma cultura local e de que maneira podemos evangelizar utilizando elementos desta cultura”.

“As vezes fico fascinado quando vejo a sensibilidade que Anchieta teve para ver o caminho para que o Evangelho pudesse realmente chegar ao coração das pessoas usando as mediações daquela cultura: a dança, a música, a poesia, isto é muito importante. Acho que hoje está faltando um pouco esta nossa ‘criatividade apostólica’ de uma Igreja ‘em saída’, com o Papa sempre insiste, de ter a coragem de ver realmente o que é importante, como fazer gestos significativos de saída, de acolhida. Anchieta deu o exemplo de ser alguém que foi fiel à sua fé, sem abrir mão de seus princípios, e ao mesmo tempo, de uma abertura para acolher e dialogar com outra cultura”.

Ouça a reportagem completa:

(CM)

 








All the contents on this site are copyrighted ©.