Bispos australianos: cristãos, grupo religioso mais perseguido do mundo


Sydney (RV) – “Os cristãos são o grupo religioso mais perseguido do mundo”, afirma o comunicado divulgado nesta quinta-feira (30/03), pelos bispos australianos. 

“Todos os anos, por causa de sua fé, mais de 100 mil cristãos são mortos” e outros “foram expulsos do Oriente Médio, berço do cristianismo”, diz o documento.  
 
O texto é parte de uma investigação sobre a situação do direito humano à liberdade de religião ou crença, feita pela Comissão Permanente Conjunta do Parlamento australiano das Relações Exteriores, Defesa e Comércio.

A preocupação dos bispos australianos não é apenas com os cristãos, eles condenam a perseguição aos yazidis, judeus, mulçumanos e outros grupos religiosos. “Entender e reconhecer a complexidade do direito à liberdade de religião ou crença será sempre muito importante para nosso país”, diz o presidente dos bispos australianos, Dom Denis Hart.  

“A porcentagem da população com uma crença religiosa – disse o bispo, aumenta no mundo. E se, os governantes australianos querem entender o mundo, então eles devem entender e aceitar a fé religiosa”.

Muitos, no entanto, são os desafios que as religiões são obrigadas a enfrentar nos dias de hoje, e Dom Hart lembra alguns deles: ataques violentos, restrições governamentais “mas também, especialmente no Ocidente, um ateísmo cada vez mais agressivo que não tolera opiniões diferentes e tentativas de excluir a religião do contexto público.” E o bispo, acrescenta, “é a crença religiosa que dá origem aos direitos humanos.”

“Basta pensar”, disse Mons. Hart, que "na tradição judaico-cristã, as pessoas são criadas à imagem e semelhança de Deus e esta é a base do reconhecimento da dignidade humana. E é, a partir dessa dignidade, universal e inerente, que provém os direitos humanos de todos." Daí, o apelo da Igreja em Sydney para os governos, reconhecer que "quando falamos de pessoas de fé, estamos falando de cidadãos, sejam eles cristãos, judeus, muçulmanos ou outros."

Os bispos defendem que os "fiéis, independentemente da sua religião, têm o direito de exercer sua liberdade religiosa para o bem comum", no "respeito pelos direitos e liberdades dos outros" e  esperam, por sua vez, ser protegidos". E concluem dizendo: “a Austrália desempenha um importante papel no reconhecimento e respeito pela liberdade religiosa e promoção do diálogo e outras iniciativas internacionais, para proteger as pessoas perseguidas por causa de suas crenças religiosas." 

(MD)








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