Cidade do Vaticano (RV) – O secretário para as Relações com os Estados do Vaticano,
Dom Paul Richard Gallagher, esteve na Universidade Católica de Milão nesta quinta-feira
(30) para participar como relator de um convênio sobre os atuais desafios dos cristãos.
O prelado abordou como tema “a Santa Sé e a defesa do direito à liberdade religiosa
de Pio XI a Francisco”.
Dom Gallagher observou como ultimamente, em escala mundial e “sem exceção no continente
europeu”, estamos testemunhando que o respeito à liberdade religiosa está comprometido,
“com uma pior preocupação das condições dessa liberdade fundamental, que em vários
casos alcançou um grau de uma perseguição aberta, em que sempre mais frequentemente
os cristãos são as primeiras vítimas, se bem que, não as únicas”.
Segundo o prelado, fatores determinantes dessas situações alarmantes podem ser reconduzidas
aos “Estados autoritários e não-democráticos”. A essa realidade se constata também
que, “inclusive em muitos países de antiga tradição democrática, a dimensão religiosa
tende a ser vista com uma certa suspeita, seja por causa das problemáticas inerentes
ao contexto multicultural seja pelo afirmar-se ideológico de uma visão secularista,
segundo as quais as religiões representariam uma forma de ‘subcultura’, portadoras
de um passado para ser superado”, acrescentou Dom Gallagher.
O prelado revelou durante a sua explanação que, “infelizmente, também na Europa se
nota um aumento inquietante de forma de intolerância e de episódios de discriminação
em relação aos cristãos”. Entre os anos de 2014 e 2015, segundo o secretário, o Observatório
para a Intolerância e a Discriminação contra os Cristãos na Europa recebeu cerca de
1700 notificações de casos de intolerância e de discriminação contra os cristãos no
Velho Continente.
"Trata-se de um fenômeno que está despertando uma atenção maior também em âmbito internacional.
Deve-se, então, ser um dever das instituições combater toda forma de discriminação
de orientação religiosa e, em perspectiva positiva, promover e proteger a liberdade
religiosa, do mesmo modo e com todos os instrumentos pela defesa de cada direito fundamental”,
concluiu o prelado. (AC)
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