Santa Sé na ONU: Estados combatam com força tráfico de armas


Nova Iorque (RV) - “Um desafio imenso que requer uma resposta proporcionada.” Foi o que disse o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza na quarta-feira (15/03), no debate aberto realizado no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque. 

“Que os Estados não contribuam ao tráfico de armas, mas o combatam com força, pois favorece os conflitos e consequentemente a chaga do tráfico de pessoas”, destacou arcebispo filipino. 

Dom Auza condenou a facilidade com a qual as armas, até mesmo de destruição de massa, chegam às mãos dos terroristas, alimentando e prolongando conflitos violentos que expõem as pessoas aos traficantes. O prelado pediu para intensificar o recurso a tratados e leis relativas ao combate à venda de armas.

“Que o Conselho de Segurança da ONU adote um papel decisivo na luta contra a chaga do tráfico de pessoas, prevenindo e colocando fim aos conflitos armados e favorecendo a consolidação da paz e do desenvolvimento”, afirmou.

Perseguição cristã

O arcebispo recordou também “as comunidades cristãs, as minorias étnicas e religiosas, e os yazidis que foram reduzidos à escravidão, vendidos, mortos e submetidos a toda forma de humilhação”. 

“A falta aparente de esforços sérios para incriminar os autores de tais atos de genocídio, violações dos direitos humanos e do direito internacional, causa perplexidade, e nos perguntamos quantas outras atrocidades deverão ser ainda toleradas antes que as vítimas possam obter socorro, proteção e justiça.”

O prelado evidenciou a ligação entre tráfico de pessoas, pobreza extrema, subdesenvolvimento, exclusão social e falta de acesso à educação e ao mundo do trabalho. E concluiu:

“Os traficantes de pessoas, os terroristas, os grupos armados e as redes internacionais de crime organizado encontram um terreno fértil nas pessoas vulneráveis, que fogem de problemas econômicos, guerras ou desastres naturais. Essa vulnerabilidade é piorada com a criminalização dos imigrantes sem documento e irregulares.” 

(MJ)








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