Fátima: a dimensão de “esperança” nas Aparições


Cidade do Vaticano (RV) – O Cardeal Angelo Sodano, que em maio do ano 2000 foi responsável pela divulgação da terceira parte do chamado “segredo” de Fátima, sublinhou nesta quarta-feira (15) em Roma a dimensão de “esperança” nas Aparições da Cova da Iria.

“Há uma mensagem de esperança que chega até nós da celebração do centenário das aparições de Maria Santíssima em Fátima. Numerosas e graves podem ser as provações da vida e as tragédias do mundo, mas maior ainda é o amor de Deus por nós”, escreve o ex-Secretário de Estado do Vaticano, em um artigo divulgado pelo jornal ‘L’Osservatore Romano’, na sua edição deste 16 de março.

O Cardeal Sodano destaca que, do Santuário de Fátima, a Virgem Maria deixa uma mensagem de confiança na força divina.

O decano do Colégio Cardinalício falou na tarde desta quarta-feira durante um evento na Embaixada de Portugal junto de Santa Sé, em Roma, sobre a mensagem de Fátima, tendo em vista a visita do Papa Francisco à Cova da Iria (12-13 de maio) por ocasião do Centenário das Aparições. A iniciativa contou com a presença do Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, Dom Antônio Marto.

O Cardeal Sodano fez votos de que o centenário das aparições marianas de 1917, na Cova da Iria, ajude a “refletir sobre o significado para a Igreja e para o mundo deste acontecimento extraordinário”. “A memória dos acontecimentos de Fátima pode fazer-nos compreender melhor a presença providencial de Deus nos acontecimentos humanos”, afirmou.

O cardeal italiano recordou o “grande conforto” que recebeu da Mensagem de Fátima perante as “dolorosas” situações da II Guerra Mundial, quando era jovem. “Parecia-nos já então que a mensagem de Fátima era não só um convite à conversão e à oração mas também um convite à esperança, recordando-nos a contínua presença de Deus no meio de nós, mesmo nas horas mais trágicas da história”, disse.

Dom Angelo Sodano, que em 1988 foi chamado para colaborar com o Papa João Paulo II, no Vaticano, evoca a “profunda devoção mariana” do Papa polonês e dos seus sucessores, Bento XVI e Francisco, que vai visitar o “belo Santuário de Fátima” para “prestar homenagem à Mãe de Cristo”.

O decano do Colégio Cardinalício cita ainda o Cardeal-patriarca Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, o qual afirmava que “não foi a Igreja que impôs Fátima”, e também Dom Antônio Marto, numa reflexão sobre “graça e misericórdia” como síntese de mensagem de Fátima.

Em 13 de maio de 2000, o Cardeal Sodano, então Secretário de Estado do Vaticano, anunciava em Fátima a terceira parte do Segredo: “É uma Via Sacra sem fim, guiada pelos Papas do século XX”.

Na sequência do atentado de 13 de maio de 1981, no Vaticano, o Papa João Paulo II atribuiu a “uma mão materna” o fato de ter sobrevivido. (SP-Ecclesia)

 








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