"Estamos vivendo uma primavera", diz Pastor valdense sobre Francisco


Roma (RV) - Cinquenta testemunhos atuais contam Papa Bergoglio por meio de uma série de contribuições originais e inéditas. De Ferzan Özpetek a Serge Latouche, de Michela Marzano a Zygmunt Bauman, um longo retrato do Pontífice que tanto ama e que provoca muitos questionamentos dentro e fora da Igreja.

Trata-se da antologia "Francesco e noi" ('Francisco e nós'), que apresenta testemunhos colhidos e organizados pelo jornalista Francesco Antonioli (Ed. Piemme, 312 p., 17,50 euro), e que traz também a contribuição do moderador da Távola Valdense, Pastor Eugenio Bernardini.

Neste sentido, um grupo internacional, que reúne intelectuais, economistas, artistas, escritores, industriais, que falam dos temas, das palavras e dos gestos-chaves deste Pontificado. Um trabalho em nada apologético, mas capaz de oferecer uma pluralidade de leituras e de abordagens sobre aquele que foi definido como o "pároco do mundo".

A contribuição do moderador, intitulada "Bem-aventurada primavera", destaca a reviravolta de Bergoglio ao conceber um ecumenismo não somente "quantitativo", mas também "qualitativo", que se atém, isto é, não somente aos números, mas também à intensidade e à eficácia do diálogo que se pretende realizar.

Bernardini também fala da visita do Pontífice ao templo valdense de Turim, em 22 de junho de 2015, assim como seu encontro com uma delegação das Igrejas Metodistas e Valdenses no Vaticano, em 5 de março de 2016. A figura que emerge destes acontecimentos é de um Papa capaz de caminhar junto com os outros cristãos na consciência das diferenças teológicas e eclesiológicas que ainda permanecem.

"É esta a riqueza da primavera que estamos vivendo, escreve Bernardini: a possibilidade de nos confrontar, também sobre temas que nos dividem, sabendo que uns tem necessidade dos outros em relação a sua Palavra, no anúncio do Evangelho e no testemunho da fé". (JE)








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