2017-03-05 15:37:00

Diocese de Mindelo - Mensagem Quaresma: Palavra e partilha de bens


“Não poderá haver justiça nem paz social enquanto Lázaro jazer à porta da nossa casa” – este o tema da mensagem quaresmal do Bispo da Diocese de Mindelo, em Cabo Verde. Uma frase do Evangelho de S. Lucas que D. Ildo Fortes foi buscar à carta “Misericórdia et Misera” publicada pelo Papa Francisco no fim do Ano Jubilar da Misericórdia.

Para o bispo de Mindelo, há de facto, uma ligação entre a Misericórdia e o tempo da Quaresma em que somos convidados a viver a misericórdia na nossa vida pessoal e comunitária.

D. Ildo estabelece também uma ligação entre a frase do evangelista Lucas com o lema pastoral da sua Diocese: “Construir a Justiça para a Acolher a Paz”. Isto para recordar que “Nesta caminhada pessoal e comunitária para a Páscoa, o desafio (…) é precisamente o de caminhar em direcção a Deus, mas levando o outro, o pobre e o injustiçado connosco.

Na sua mensagem quaresmal, o prelado caboverdiano aconselha também aos seus fiéis a lerem e a meditarem na mensagem do Papa Francisco para este período da Quaresma: “A palava é um dom. O outro é um dom”.

A Quaresma – prossegue D. Ildo - mais que todos os outros tempos da litúrgicos, é um tempo em que a escuta da Palavra é acompanhada por obras que manifestam uma atitude de conversão. Convida, então, os fiéis a empenharem-se generosamente na prática da “Renúncia Quaresmal”, isto é, a ir ao encontro das necessidades do próximo e a partilhar com os outros  aquilo que, por vontade divina, possuímos.

D. Ildo indica na sua mensagem a soma recolhida na Renuncia Quaresmal de 2016 e acrescenta que foi  destinada às povoações que mais danos sofreram com a passagem do furacão Fred por  Cabo Verde em 2015. A Renuncia deste ano será destinada às crianças que vivem em situação de risco.

A concluir a sua mensagem quaresmal, D. Ildo Fortes detém-se ainda sobre o facto de o Evangelho nos convidar a abraçar o risco do encontro com o rosto do outro. É perigosa – diz - a indiferença e o descuido do outro porque destrói o relacionamento interior comigo mesmo, com o irmão, com Deus e com a terra. 

(DA)








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