RDC: Card. Monsengwo denuncia atos de vandalismo contra a Igreja


Kinshasa (RV) – “Há um recrudescimento do medo, da cólera, da incerteza”, afirma o Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, Arcebispo de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo,  na mensagem enviada à Agência Fides, ao denunciar as violências contra a Igreja ocorridas recentemente.

“Recebemos com indignação, no sábado 18 de fevereiro, a notícia do incêndio de uma parte do Seminário Maior de Malole por parte de pessoas não-civilizadas, que a seguir semearam o terror junto às vizinhas Irmãs Carmelitas em Kananga”, escreve o Cardeal, que também recorda as manifestações ocorridas em três ocasiões (7, 10 e 11 de fevereiro) diante do Arcebispado de Kinshasa, por parte de grupos de jovens que “criaram um clima de pânico”.

Depois destes episódios, seguiu-se a profanação da Paróquia São Domênico de Limete, por cerca de “vinte jovens mal-intencionados”, que “derrubaram o Tabernáculo, saquearam o altar, quebraram bancos e tentaram incendiar a igreja. A comunidade dos Padres Oblatos não foi poupada”.

O Cardeal Monsengwo relaciona estes fatos com a tentativa da Conferência Episcopal do Congo (CENCO) de mediar a implementação dos acordos de São Silvestre e de encontrar um Primeiro Ministro que guie um governo de unidade nacional como previsto pelas intenções.

“A CENCO tem somente um papel de mediador”, recorda o Cardeal. “Os políticos devem reconhecer com humildade que são as suas ambições políticas que levam ao impasse e à paralisação das instituições. Assumirão a responsabilidade disto perante a história”.

Depois de ter solicitado às autoridades a proteção dos bens da Igreja de eventuais novos atos de vandalismo, o Cardeal conclui recordando Etienne Tshisekedi, o histórico líder da oposição morto recentemente, e que combateu até o fim para levar à República Democrática do Congo “a paz na justiça”.

(je/fides)








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