Santa Sé: proteger de ataques terroristas as infraestruturas sensíveis


Nova York (RV) - Diante da “guerra mundial combatida em pedaços” e da ameaça de ataques a estruturas sensíveis, a comunidade internacional aja unida ao contrastar o tráfico ilegal de armas e o apoio financeiro ao terrorismo. Foi esse, em síntese, o apelo da Santa Sé na Onu, em Nova York, pronunciado esta segunda-feira (13/02) pelo Arcebispo Bernardito Auza.

Acabar com estratégia do terror que mina a existência de povos inteiros

O representante vaticano na Organização das Nações Unidas pediu um esforço comum às nações a fim de que se dê um freio à onda de terror que utiliza “civis inocentes como alvos mediante a destruição de infraestruturas” necessárias para a sobrevivência deles.

Em particular, o arcebispo filipino lançou um olhar aos conflitos que estão ensanguentando a área da antiga Mesopotâmia, onde o patrimônio religioso e cultural das antigas civilizações que por milênios habitaram esta região é objetivo contínuo de ataques.

Na mira dos terroristas há uma estratégia deliberada finalizada à destruição de infraestruturas indispensáveis à sobrevivência dos povos como escolas, hospitais, abastecimento de água e lugares de culto, ressaltou o prelado.

Não a políticas baseadas unicamente no lucro

Como previsto pela Carta da Onu, indicou Dom Auza, é obrigação da comunidade internacional proteger desta barbárie “os civis e as infraestruturas necessárias à existência deles”, mantendo um elevado nível de proteção dos lugares sensíveis e um alto grau de preparação em caso de ataque a fim de que se evite a perda de vidas humanas e a interrupção de serviços essenciais.

Para fazer isso é preciso rejeitar políticas baseadas unicamente na busca incondicionada do lucro e em interesses geopolíticos egoístas, recomendou o representante da Santa Sé.

Necessária colaboração no contraste ao tráfico ilegal de armas

A delegação vaticana reiterou o apelo da Santa Sé às nações produtoras de armas a fim de que limitem e mantenham sob controle a fabricação e a venda de munições e tecnologias sobretudo aos países e regiões do mundo mais instáveis, nos quais a utilização ilegal destes instrumentos é uma probabilidade real.

Por fim, o observador permanente da Santa Sé pediu a todos que colaborem a nível internacional e regional na partilha de informações, práticas positivas, políticas coordenadas e patrulhamento das fronteiras a fim de contrastar o financiamento da criminalidade organizada e seu papel no tráfico de armas.

“A natureza sem confins geográficos precisos dos grupos terroristas requer um controle conjunto das tecnologias informáticas utilizadas para recrutar combatentes, financiar suas atividades e coordenar ataques terroristas”, observou ainda o representante vaticano. (PO / RL)








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