Os direitos humanos em Angola foram afectados em 2016 pela “contínua repressão governamental” e pela “pior crise económica” vivida desde o fim da guerra civil, conclui a Human Rights Watch (HRW) no seu relatório internacional anual.
O relatório daquela organização, lançado este mês (18/01) e relativo a 2016, refere que a crise provocada pela quebra da cotação internacional do petróleo pôs fim a uma década de forte crescimento do país, o segundo maior produtor de crude de África, expondo “problemas não resolvidos” provocados por “anos de corrupção, má gestão de fundos públicos e controlo político das instituições”.
Em reacção António Bento Bembe, secretário de estado do ministério da justiça e dos direitos humanos do governo angolano disse que estes dados não correspondem com a verdade e visam tão-somente manchar a imagem de Angola.
Como exemplo, a HRW refere que o apelo à aceleração da diversificação da economia nacional, baseada no petróleo mas com forte potencial na agricultura, está a levar a “aquisições massivas de terrenos pelo governo e investidores privados”.
“Por vezes com despejos à força e outras violações, incluindo na capital”, lê-se no relatório, que recorda a morte de um rapaz de 14 anos, atingido a tiro por militares, no Zango, Luanda, durante um protesto contra a demolição de um bairro.
“O governo constantemente bloqueia protestos antigovernamentais pacíficos com intimidação e detenções e, quando os protestos pacíficos acontecem, frequentemente enfrentam força excessiva e detenções arbitrárias”, lê-se no relatório da HRW.
Entretanto “o governo angolano pretende levar a cabo um trabalho estratégico que visa divulgar os grandes passos que Angola estar a dar no âmbito dos direitos humanos afirmou António Bento Bembe.
De Luanda para a Rádio Vaticano, Anastácio Sasembele, paz e bem.
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