Arcebispo de Assunção sobre chaga da droga: antes que seja tarde demais


Assunção (RV) - “Libertação dos reféns e supressão da livre distribuição da droga entre os jovens”: esse, o apelo do arcebispo de Assunção, no Paraguai, Dom Edmundo Ponciano Valenzuela Mellid, na homilia da missa de fim de ano.

O prelado recordou vários aspectos da vida nacional que continuam causando preocupação, como o drama dos sem-teto, o caso de quatro pessoas sequestradas e, sobretudo, a chaga da droga.

A propósito, em novembro passado a Conferência Episcopal Paraguaia (CEP) lançara um apelo à população e, em particular, às autoridades a fim de que refletissem “seriamente sobre vários problemas que temos diante de nós nestes tempos modernos”, e expressara preocupação “pela presença notória e ativa do narcotráfico cada vez mais crescente na sociedade e na esfera política”, de modo a atingir todas as famílias.

O prelado instou as autoridades a impedir a distribuição gratuita de todos os tipos de drogas; pediu às instituições escolares que informem os jovens sobre as consequências devastadoras do uso da droga; às organizações da sociedade civil que deem mais atenção às vítimas, considerando que “o problema não são as drogas, mas as pessoas”.

Apelo do arcebispo à libertação dos reféns

Como acenado, o arcebispo de Assunção recordou os quatro reféns que se encontram nas mãos de bandos de criminosos: “Edelio Morinigo refém há 911 dias, Abraham Fer refém há 512 dias, Franz Wiebe refém há 157 dias, e Félix Urbieta refém há 79 dias. A liberdade foi negada a estas pessoas”.

O prelado reiterou mais uma vez o pedido de libertação desses reféns e também recordou os compatriotas que por vários motivos são obrigados a trabalhar em outros países e todas as pessoas que com muita dificuldade trabalham para levar o necessário sustento para casa.

A Igreja ao lado dos pobres e necessitados

A Igreja “caminha com o povo e sente sua proximidade, suas necessidades, encoraja-o e o apoia”, assegurou Dom Valenzuela Melllid, como se deu por ocasião da enchente do rio Paraguai, no início de 2016.

“A Igreja esteve presente com a pastoral social e com o auxílio da Mesa Nacional de Assistência, com uma coleta nacional e a distribuição de alimento às pessoas atingidas pelas calamidades naturais e, em particular, com a assistência às crianças dos “alagados” de Assunção que assistiram às projeções de filmes nos cinemas da capital, por ocasião do Dia das Crianças. Foi para elas uma verdadeira festa, em meio ao drama que vivem morando em barracos, nas ruas, nas estradas e nas praças”, disse o arcebispo da capital paraguaia.

O prelado acrescentou que as emergências evidenciaram a pobreza extrema e a vulnerabilidade das famílias que vivem nos “alagados” de Assunção e que levaram finalmente a promover iniciativas, com as autoridades nacionais e municipais, a fim de encontrar uma solução definitiva para as inundações.

“A Igreja encoraja e se compromete a apoiar o melhoramento geral das condições de vida: um alojamento, serviços de assistência médica, instrução, segurança, formação e acesso ao trabalho regular”, acrescentou. (L’Osservatore Romano – RL)








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