Projeto Axé: como surgiu a ideia


Cidade do Vaticano (RV) - É possível realizar com sucesso um trabalho de defesa e educação da criança e do adolescente em situação de risco resgatando sua cidadania e devolvendo-lhe condições dignas de vida? O Projeto Axé, criado em 1990 em Salvador por Cesare de Florio La Rocca com o apoio financeiro da ONG italiana Terra Nuova, demonstrou que sim, é possível ser 'sonhador com o pé no chão'. Assim Cesare se define. Em entrevista a Silvonei José, ele revela que suas intenções eram 'defender os direitos de estudo das crianças e propiciar-lhes o prazer da educação'.

"Na década de 90 eu era vice-representante do UNICEF no Brasil e tive o privilégio de conhecer o educador brasileiro Paulo Freire, que voltava do exílio, decretado pela ditadura militar. Eu o convidou para ser assessor pedagógico do UNICEF no Brasil. Começamos a conversar sobre a ideia de um projeto que eu estava elaborando. Naquela época, depois de 20 anos de ditadura, o Brasil conheceu uma ventania de cidadania, de participação, de querer sair das catacumbas. A questão das crianças e dos adolescentes era muito forte no Brasil, sobretudo devido ao grande número de meninos e meninas que viviam nas ruas das grandes cidades brasileiras. Comecei a elaborar este Projeto e o Paulo me ajudou muito".

O Projeto Axé atende em média 1.000 crianças, adolescentes e famílias por ano. São oferecidas 1.200 horas anuais de cursos, seminários e assistência técnica.

Ouça a primeira parte da entrevista clicando aqui: 

(SP/CM)








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