Card. Vallini abrirá Porta Santa em Caravaca de la Cruz, Espanha


Madrid (RV) – Um novo Jubileu terá início no próximo domingo, 8 de janeiro. Trata-se do Ano Santo de Caravaca de la Cruz, sul da Espanha, região de Murcia. A Porta Santa do Santuário será aberta pelo Cardeal Vigário de Roma, Agostino Vallini.

O Ano Santo de Caravaca - instituído pelo Papa João Paulo II - será um período de peregrinação, perdão e Indulgência Plenária àqueles se dirigirem ao Santuário que conserva um pedaço da Cruz de Jesus.

“O mais belo é que a misericórdia não acaba nunca – comenta Mons. Liberio Andreatta, responsável pela Obra Romana de Peregrinações, que incluiu esta meta entre as ofertas de 2017”.

“O Jubileu da Misericórdia – observa com alegria - recém concluiu-se e já se abre outro. A universalidade da Igreja faz com que a cada minuto do dia, em algum lugar do mundo, tenha uma celebração eucarística e um tempo de misericórdia. Este Jubileu na Espanha é a demonstração de que a Igreja está viva e a misericórdia é perene”.

Caravaca está a uma hora de distância pela estrada da capital Murcia. Sua história, entre devoções e lendas, está muito ligada ao histórico encontro entre muçulmanos e cristãos na Espanha. A fortaleza onde está o santuário, pertencia de fato a um Sultão, que segundo a tradição, converteu-se ao cristianismo ao ver de uma janela uma cruz transportada por dois anjos, enquanto um padre, seu prisioneiro, celebrava a missa. História esta evocada mais por folclore do que por relatos concretos.

As tantas procissões em Caravaca e em Murcia retratam os conflitos entre cristãos e muçulmanos.

“Existem inteiras cidades divididas entre “mouros” e “cristãos”, conforme as recitações que fazem nas festas populares e procissões” -  referem funcionários locais de turismo religiosos, mas é somente folclore, festa popular”.

“A população local é 90% católica. Poucos são evangélicos e menos ainda muçulmanos, porque não é terra de desembarque de imigrantes”, comenta o Bispo de Murcia, Dom José Manuel Lorca Planes.

As relíquias da Cruz veneradas em Caravaca foram levadas ao local pelos Templários. Mais tarde, um incêndio destruiu tudo. Para manter a devoção popular no local, Roma doou fragmentos da Cruz, que são preservadas até o dia de hoje no Santuário.

Este local da Espanha também assiste a uma brusca diminuição nas vocações. Muitos conventos históricos dos Carmelitas Descalços foram transformados em albergues para peregrinos.

Em um deles, quem acolhe os hóspedes é um frei carmelita de Treviso, também Superior da pequena comunidade de quatro religiosos. “Buscamos manter a espiritualidade do local – explica – com quartos confortáveis e sóbrios, com uma frase das Escrituras em cada porta. Há também a capela para as missas”.

A cela de São João da Cruz permanece intacta, em um espaço dedicado a manter viva a memória carmelitana.

(je/ansa)

 








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