Roma (RV) - Faleceu em Roma na noite de domingo (1º/01), aos 94 anos, o Arcebispo de rito greco-católico Hilarión Capucci, um dos grandes defensores do povo palestino e voz ativa na luta contra o terrorismo na Síria.
Nos últimos anos, quando a guerra começou a desfigurar sua amada terra, não obstante a idade avançada participava de todas as manifestações públicas, conferências e debates sobre o tema. A cada domingo, participava da missa na Basílica de Santa Maria em Cosmedin, em Roma. Era um construtor de pontes, especialmente com os muçulmanos.
Presentes na câmara ardente em Roma, a Embaixadora da Palestina na Itália, Dra. Mai Alkaila, o Presidente da comunidade síria na Itália, Dr. Jamal Abo Abba e representantes de movimentos pela Síria, como o FES (Frente Europeia pela Síria).
Nascido em Aleppo, na Síria, em 1922, o religioso foi bispo da Igreja Católica em Jerusalém desde 1965, sendo detido pelas autoridades israelenses em 1974 e condenado a 12 anos de prisão por tráfico de armas. Quatro anos mais tarde foi libertado e exilado, passando a viver em Roma
Patriarca Greco-melquita
O Patriarca Greco-melquita de Antioquia e de todo o Oriente Gregorio III lamentou a perda de Dom Capucci, afirmando que “foi um herói da causa palestina, pela qual lutou durante toda sua vida”, informou o jornal árabe Asharq Al Awsat.
Presidente da Autoridade Palestina
O Presidente palestino, Mahmoud Abbas também lamentou a morte do Arcebispo, que passou quatro anos na prisão por entregar armas aos palestinos.
Abbas – segundo comunicado a Agência estatal Wafa - recordou que Capucci “era conhecido pela defesa dos direitos do povo palestino”, um “Valente lutador”.
Israel
O digital israelense Times, por sua vez, recordou do falecimento do “bispo que contrabandeou armas para os palestinos”.
Dom Capucci, segundo o jornal israelense, foi Vigário Patriarca de Jerusalém e Arcebispo da cidade israelense de Cesárea, no noroeste, além de fervoroso defensor da causa palestina, tendo sido condenado por contrabando de armas que entregava à guerrilha de Al Fatah, o principal grupo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), utilizando o status diplomático.
Depois de passar quatro anos na prisão e depois da intervenção do Vaticano, foi libertado e viajou a Roma, onde continuou defendendo os direitos dos palestinos, tendo participado em 2009 e 2010 das flotilhas que tentaram romper o bloqueio à Gaza.
(Je/Agências)
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